Bolsas da Europa fecham na maioria em alta, com desdobramentos de disputas tarifárias em foco

Publicado 04.02.2025, 10:53
Atualizado 04.02.2025, 14:10
© Reuters.  Bolsas da Europa fecham na maioria em alta, com desdobramentos de disputas tarifárias em foco

As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta terça-feira, 4, em mais um dia de intensa atenção aos desdobramentos das disputas tarifárias desencadeadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O tema levou volatilidade aos mercados no começo da sessão, especialmente com o anúncio de medidas retaliatórias da China, aplicando tarifas de até 15% aos produtos americanos, mas há expectativas de diálogo entre Washington e Pequim que possam levar a um acordo, assim como foi feito com México e Canadá.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,26%, a 536,23 pontos.

As medidas retaliatórias da China contra os EUA são modestas, e foram calibradas para enviar uma mensagem sem causar muitos danos, segundo a Capital Economics. Porém, a consultoria britânica alerta que existe o risco de que a retaliação vire um tiro pela culatra que pode encorajar Trump a intensificar a ofensiva tarifária. Pequim provavelmente espera seguir os passos de Canadá e México e chegar a um acordo de última hora, diz a Capital. A consultoria ressalta, no entanto, que as diferenças econômicas e políticas entre China e EUA são bem mais profundas, o que torna uma reversão das agressões tarifárias "mais desafiadora".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que a União Europeia (UE) precisará se engajar em "negociações difíceis, mesmo com parceiros de longa data", diante da ameaça de novas tarifas ao bloco.

Ela ressaltou que, na busca por acordos com outras nações, a UE terá de, em certos momentos, "concordar em discordar". O comissário para o Comércio e Segurança Econômica da UE, Maros Sefcovic, acredita que pode ter uma conversa com a nova administração dos Estados Unidos e, a partir do engajamento construtivo, resolver problemas comerciais com o país e se preparar para negociações.

Enquanto isso, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) François Villeroy de Galhau afirmou que novos cortes nas taxas de juros são prováveis, já que a inflação está convergindo para a meta de 2%. Ele destacou que o BCE iniciou a redução das taxas em junho passado e já implementou cinco cortes, com a expectativa de mais ajustes no futuro. No outro lado do Canal da Mancha, o ING avalia que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) na quinta-feira poderá propor um corte de taxa conciliador de 25 pontos-base. Em Londres, o FTSE 100 foi exceção e recuou 0,15%, a 8.570,77 pontos.

Da temporada de balanços, o do BNP Paribas (EPA:BNPP) agradou e a ação do banco francês subia 3,84% em Paris, onde o CAC 40 avançou 0,66%, a 7.906,40 pontos. Já em Zurique, o UBS tombou 6,73%, revertendo ganhos de cerca de 3% da abertura, embora o banco suíço tenha superado expectativas de lucro e receita e anunciado planos de recomprar até US$ 3 bilhões em ações este ano.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,39%, a 21.510,84 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 1,38%, a 36.719,35 pontos. Em Madri, o Ibex35 avançou 1,49%, a 12.387,40 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,78%, a 6.516,90 pontos.

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