As bolsas de Nova York fecharam nesta quinta-feira, 29, sem sinal único, após a surpreendente revisão em alta do Produto Interno Bruto (PIB) apontar resiliência na economia dos Estados Unidos e corroborar o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, de que o aperto monetário deve ser retomado. As ações de bancos, no entanto, subiram após teste de estresse indicar capacidade de empréstimos mesmo em hipotético cenário de recessão.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,80%, a 34.122,42 pontos; o S&P 500 também acumulou ganhos, de 0,45%, a 4.396,44 pontos; e o Nasdaq ficou praticamente estável, a 13.591,33 pontos.
Os papéis de tecnologia figuraram entre os destaques negativos no pregão, em meio a expectativa por mais altas de juros nos EUA. O crescimento do PIB americano no primeiro trimestre foi revisado de 1,3% para 2,0%, enquanto os pedidos de auxílio-desemprego caíram em ritmo mais forte que o esperado na semana passada.
Após os dados, as chances de o Fed subir juros em 25 pontos-base no mês que vem chegaram a se aproximar de 90%, conforme monitoramento do CME Group. A ferramenta expôs também aumento na probabilidade de uma elevação de 50 pontos-base ao longo dos próximos meses.
"Boas notícias econômicas devem significar problemas para as ações, mas podemos não ver isso até obtermos mais alguns relatórios de inflação rígidos. O Fed está longe de terminar e, até que isso seja precificado, os ralis do mercado de ações devem ser limitados", afirmou Edward Moya, da Oanda.
Mais cedo, Powell havia dito que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) espera pelo menos duas novas altas este ano.
Na esteira do teste de estresse, Wells Fargo (NYSE:WFC) teve ganhos de 4,89%, JPMorgan (NYSE:JPM) acumulou 3,62% de alta, Goldman Sachs (NYSE:GS) cresceu 3,16% e Bank of America (NYSE:BAC) 2,24%.