Arrecadação federal cresce 6,62% em junho, a R$234,594 bi, recorde para o mês
Investing.com — As bolsas norte-americanas registravam quedas acentuadas nesta quinta-feira (10), enquanto investidores digeriam dados de inflação mais brandos do que o esperado, mas permaneciam atentos ao agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Às 13h30 de Brasília, o índice Dow Jones caía 5,31%, o S&P 500 recuava 5,79% e o Nasdaq Composite perdia 6,62%.
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Dados divulgados nesta manhã mostraram que os preços ao consumidor nos EUA subiram menos do que o projetado em março, na comparação anual, e recuaram na base mensal.
O índice de preços ao consumidor (IPC) subiu 2,4% nos doze meses até março, após alta de 2,8% em fevereiro. Em relação a fevereiro, o indicador caiu 0,1%, após avanço anterior de 0,2%.
Economistas consultados esperavam uma alta anual de 2,5% e variação mensal positiva de 0,1%.
Apesar de sinalizarem menor pressão inflacionária — o que em tese reduziria a necessidade de novos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve —, analistas alertam que esses dados ainda não capturam os efeitos das tarifas anunciadas e, posteriormente, adiadas pelo presidente Donald Trump.
Mesmo após Wall Street ter registrado na quarta-feira seu melhor desempenho diário em mais de uma década, o sentimento predominante continua sendo de prudência. A euforia veio após Trump anunciar uma suspensão de 90 dias sobre as tarifas recíprocas para a maioria dos parceiros comerciais dos EUA.
Contudo, a medida não se aplicou à China. Pelo contrário, as tarifas sobre produtos chineses foram elevadas de 104% para 125%, intensificando a tensão entre as duas maiores economias globais.
Em resposta, Pequim aumentou suas tarifas sobre importações dos EUA de 34% para 84%, e essas novas taxas entraram em vigor nesta quinta-feira.
O Ministério do Comércio da China declarou que está aberto ao diálogo com os EUA, desde que seja baseado em respeito mútuo e igualdade.
“Pressões, ameaças e chantagens não são o caminho adequado para lidar com a China”, afirmou o porta-voz He Yongqian em coletiva de imprensa, acrescentando que, caso os EUA mantenham sua postura, Pequim “seguirá até o fim”.
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Investidores temem que o embate comercial possa evoluir para uma recessão global.
Adicionalmente, a tarifa ampla de 10% sobre quase todas as importações dos EUA permanece em vigor, segundo a Casa Branca. A suspensão também não afeta tarifas já aplicadas sobre automóveis, aço e alumínio.
“Diante disso, a cautela continua sendo necessária — e vale lembrar que Trump ainda precisa de receita para viabilizar seus cortes de impostos prometidos. Seria surpresa se o anúncio de ontem representasse realmente um retorno ao ‘bom senso’”, afirmaram analistas do ING em nota.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) reduziu suas projeções de crescimento para a China, prevendo agora uma expansão do PIB real de 4,0% em 2025 e 3,5% em 2026, contra previsões anteriores de 4,5% e 4,0%, respectivamente.
Constellation Brands (NYSE:STZ) aponta impacto tarifário
No setor corporativo, as ações da Constellation Brands caíam 1% após a companhia, fabricante da cerveja Corona, projetar lucros abaixo das expectativas para o ano fiscal de 2026, citando o impacto das tarifas sobre seus negócios de bebidas alcoólicas.
Os papéis da CarMax (NYSE:KMX) recuavam 15% após a varejista de veículos usados divulgar lucro abaixo do esperado no quarto trimestre, o que levou investidores a realizar lucros após uma valorização de mais de 11% nos últimos 12 meses.
Petróleo recua com temor sobre a China
Os preços do petróleo também operavam em queda, refletindo a apreensão com o agravamento do conflito comercial entre EUA e China.
O Brent recuava 4%, cotado a US$ 62,87 por barril. O WTI (referência dos EUA) cedia 4,3%, negociado a US$ 59,70.
Na quarta-feira, os contratos de referência haviam subido 4% após o anúncio da suspensão tarifária para a maioria dos países, revertendo uma queda intradiária de até 7%.
Ainda assim, a manutenção das tarifas elevadas sobre a China — maior importador mundial de petróleo — adiciona incertezas ao mercado. Qualquer impacto negativo sobre o crescimento global pode afetar a demanda por petróleo.
(Com colaboração de Ayushman Ojha)
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