Investing,com - O Ibovespa opera embalado pelo otimismo global e a correção das quedas do último pregão, na sexta-feira, que derrubaram as bolsas na expectativa do Fed. O índice do mercado local sobe mais de 1%, aos 57.700 pontos, tendo testado os 58 mil pontos pela manhã.
Em Wall Street, o mercado sobe embalado por um dia positivo das commodities e correção das quedas de sexta-feira e do dólar. O Dow 30 e o S&P 500 avançam 0,5%, enquanto o Nasdaq ganha 0,4%. O dia também foi positivo na Europa e Ásia com otimismo após dados de confiança de empresários chineses. DAX valorizou 1%, enquanto o FTSE 100 e o CAC 40 subiram 1,5%.
A semana deverá ser marcada pela volatilidade na expectativa do comunicado do Fed na quarta-feira, após a reunião para decidir a taxa de juros do país. Mais de 80% das apostas estão em manutenção das taxas atuais neste encontro, mas a expectativa é pelos indicadores de quando o aumento deverá ocorrer. Neste ano, o banco central norte-americano ainda terá mais duas reuniões, em novembro e dezembro.
No Brasil, o dia começou com a notícia de que a atividade econômica começou o terceiro trimestre em retração, frustrando as expectativas do mercado. O Boletim Focus trouxe leve melhora nas perspectivas de crescimento que passa de -3,25% neste ano para -3,18% e, em 2017, de 1,36%, ante 1,30% na semana passada.
A Petrobras (SA:PETR4) opera com ganhos de 2%, aos R$ 13,42, com a valorização do petróleo no mercado internacional. A commodity ganha força com a correção das quedas e a desvalorização do dólar no pregão desta segunda-feira. No radar da companhia, hoje o conselho de administração se reúne para discutir e aprovar o plano de investimentos para o período 2016-2020. A expectativa do mercado é que haja uma nova redução nos desembolsos previstos e meta mais realista de desalavancagem da companhia, estimuladas pelos desinvestimentos.
A Vale (SA:VALE5) dispara 3% apesar da queda do minério de ferro no mercado spot do porto de Qingdao, na China. A ação é negociada a R$ 14,37, no maior valor em uma semana. A Bradespar (SA:BRAP4) valoriza 2%.
O grande destaque do dia são as ações da siderúrgica que sofreram bastante com o pessimismo e a volatilidade dos últimos 10 dias. A CSN (SA:CSNA3) dispara 7,5%, seguida pela Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e a Gerdau (SA:GGBR4), que sobem 3%, e a Usiminas (SA:USIM5) com +2%.
Os bancos operam com ganhos liderados pelo Banco do Brasil (SA:BBAS3), com +1,5%), seguido por Itausa (SA:ITSA4) (+0,8%) e Bradesco (SA:BBDC4) (+0,8%). O Itaú Unibanco (SA:ITUB4) sobe 1% em meio à confirmação da venda de sua unidade de seguros de vida à Prudential (LON:PRU).
A Marfrig (SA:MRFG3) anunciou que embarcou a primeira carga de carne in natura para os EUA, após suas unidades receberem a aprovação para exportação para a maior economia mundial. A ação sobe 1%.
Na ponta negativa do Ibovespa estão as exportadoras Suzano (SA:SUZB5) (-1,4%) e Fibria (SA:FIBR3) (-0,5%) com a queda do dólar. A Embraer (SA:EMBR3) cai 2% dando sequência ao movimento de queda iniciado em 9 de setembro, após a empresa atingir a máxima de dois meses aos R$ 16,25. No noticiário, O Globo afirma que a companhia está próxima de vender 10 aeronaves para a Royal Air Maroc.
Dólar
A moeda norte-americana segue a tendência mundial e desvaloriza frente ao real. A divisa é negociada a R$ 3,26.