SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista operava no azul nesta sexta-feira, buscando a oitava sessão seguida de ganhos, após renovar máximas nos pregões anteriores, em dia de noticiário corporativo movimentado por divulgações de resultados trimestrais.
Às 11:21, o Ibovespa subia 0,39 por cento, a 87.024 pontos. O giro financeiro era de 1,7 bilhão de reais.
A semana foi marcada por renovação de máximas históricas para o índice, com o viés positivo ganhando respaldo do fluxo de investidores para a bolsa, assim como na perspectiva para a retomada da economia.
Com a ampla sequência de altas levando o Ibovespa a patamares recordes, operadores não descartam alguma tentativa de ajuste ao longo do pregão.
Nesta manhã, corroborando a visão positiva para a economia, o IPCA-15 - prévia da inflação oficial do país - subiu 0,38 por cento em fevereiro, a segunda leitura mais fraca para o mês desde a implantação do Plano Real.
"Esses resultados deverão reacender as apostas nos mercados quanto a possibilidade do Banco Central dar mais um corte adicional na taxa básica de juros na reunião de março, levando a Selic a 6,5 por cento ao ano", escreveram analistas da Coinvalores em nota a clientes.
DESTAQUES
- MAGAZINE LUIZA ON (SA:MGLU3) avançava 5,5 por cento e liderava a ponta positiva do Ibovespa, depois de divulgar lucro de 165,6 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 260 por cento ante o mesmo período do ano anterior. A empresa também teve um crescimento de 37,8 por cento no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) na mesma base de comparação. No melhor momento do dia até agora, as ações da verejista subiram 7,4 por cento, para a cotação recorde histórica de 87,44 reais.
- BRF ON (SA:BRFS3) caía 5,87 por cento, na ponta negativa do índice, após divulgar prejuízo líquido de 784 milhões de reais no quarto trimestre, uma piora ante o resultado negativo de 442 milhões de reais registrado um ano antes.
- ENGIE BRASIL ENERGIA ON tinha alta de 1,39 por cento. A geradora de energia teve lucro líquido de 704,7 milhões de reais no quarto trimestre de 2017, alta de 48 por cento na comparação anual.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) subia 0,87 por cento e PETROBRAS ON (SA:PETR3) ganhava 1,04 por cento, em sessão sem direção firme para os preços do petróleo no mercado internacional.
- VALE ON (SA:VALE3) tinha alta de 1,36 por cento, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China.
- CCR ON (SA:CCRO3) recuava 0,27 por cento, revertendo os ganhos iniciais, tendo no radar seu resultado para os últimos três meses de 2017, que mostraram um salto de 94,2 por cento no lucro líquido, com a empresa se beneficiando da melhora do tráfego nas estradas que administra e com menos custos com o serviço da dívida.
- COSAN ON (SA:CSAN3) recuava 2,46 por cento após divulgação de resultados para o quarto trimestre e projeções para o ano de 2018. A empresa previu Ebitda (proforma) entre 4,9 bilhões e 5,4 bilhões de reais, ante 5,13 bilhões de reais em 2017. A projeção, segundo analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11), veio um pouco abaixo das estimativas do banco.
- RD ON (SA:RADL3) tinha perda de 1,65 por cento, tendo como pano de fundo o balanço referente ao quarto trimestre. A empresa teve lucro líquido de 134,2 milhões de reais no período, acima do resultado positivo de 87 milhões apurado no mesmo intervalo de 2016. Segundo analistas do Credit Suisse, a empresa reportou números sólidos, mas amplamente em linha com o esperado.
(Por Flavia Bohone)