Bovespa opera sem viés firme de olho na Previdência

Publicado 06.12.2017, 11:51
Atualizado 06.12.2017, 12:00
© Reuters.  Bovespa opera sem viés firme de olho na Previdência

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista operava sem viés firme nesta quarta-feira, com as atenções voltadas para as articulações do governo para conseguir iniciar o processo de votação da reforma da Previdência ainda este ano.

Às 11:43, o Ibovespa subia 0,26 por cento, a 72.731 pontos. Na mínima até o momento, o índice recuou 0,64 por cento e na máxima subiu 0,46 por cento. O giro financeiro era de 1,24 bilhão de reais.

O noticiário político segue gerando volatilidade nos negócios, conforme as declarações vindas de Brasília levam o mercado a calibrar as apostas sobre o apoio à reforma da Previdência. Nesta quarta-feira, considerada como "Dia D", o Palácio do Planalto e aliados querem definir qual o real apoio dos deputados da base aliada para tentar votar em primeiro turno, na próxima semana, a nova versão da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Mais cedo, após café da manhã com o presidente Michel Temer e líderes da base aliada, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara, disse que o texto sobre a reforma da Previdência será votado na próxima terça-feira.

Também após o encontro, o relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse que há entre 290 e 310 votos favoráveis à reforma, enquanto o também vice-líder do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP), colocou o apoio à PEC em cerca de 260 votos. O governo precisa de 308 votos para aprovar a proposta na Câmara.

Está marcada para esta tarde a reunião da executiva nacional do PMDB para discutir o fechamento de questão do partido a favor da reforma da Previdência. O PSDB também se reúne nesta quarta-feira e há expectativa que o assunto seja discutido pela legenda.

"A ideia de fechar o voto do partido (PMDB) é uma estratégia para que outros partidos aliados façam o mesmo, ampliando o convencimento da necessidade da aprovação da reforma da Previdência neste ano e tirando o ônus político de retomar o tema em 2018, quando o foco será as eleições", escreveram os analistas da corretora Magliano, em nota a clientes.

No front econômico, o mercado aguarda para o fim do dia a decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros do país. A expectativa em pesquisa Reuters é de corte de 0,50 ponto percentual da Selic, para nova mínima histórica de 7 por cento. A taxa de juros mais baixa tende a levar o investidor a buscar retornos maiores, favorecendo a renda variável.

DESTAQUES

- FIBRIA ON (SA:FIBR3) avançava 5,56 por cento, liderando a ponta positiva do índice, com uma visão mais positiva para a empresa após encontro na véspera com investidores e analistas, no qual a Fibria destacou o crescimento no investimento para aumentar a capacidade e a possibilidade de fusões. Segundo analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11), que têm recomendação de compra para as ações da Fibria, a empresa destacou ainda que a perspectiva segue promissora para o mercado de celulose.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) tinha alta de 0,59 por cento e PETROBRAS ON (SA:PETR3) ganhava 0,63 por cento, tentando firmar-se no azul apesar das perdas para os preços do petróleo no mercado internacional. No radar estava a aprovação pela Câmara dos Deputados da medida provisória que cria um regime tributário especial adicional para as atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás.

- VALE ON (SA:VALE3) recuava 0,14 por cento, acompanhando o movimento negativo dos contratos futuros para o minério de ferro na China.

- ELETROBRAS ON perdia 2,11 por cento e ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) tinha queda de 2,44 por cento, com a visão de que o processo de privatização da empresa deve ser lento, ofuscando o tom mais favorável que viria da notícia publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, de que a Eletrobras (SA:ELET3) avalia uma captação externa no começo de 2018. Segundo analistas da Guide Investimentos, a captação seria positiva por contribuir para a redução do custo do endividamento.

(Por Flavia Bohone)

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