Bovespa recua 0,9% com bancos e Vale em nova sessão de giro elevado; cena política segue em foco

Publicado 09.03.2016, 18:52
Atualizado 09.03.2016, 19:00
Bovespa recua 0,9% com bancos e Vale em nova sessão de giro elevado; cena política segue em foco

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira, pressionado pelo recuo das ações da Vale e de bancos privados, enquanto agentes financeiros seguiram atentos à crise política.

O Ibovespa caiu 0,89 por cento, a 48.665 pontos. Na máxima do dia, o índice subiu 1,83 por cento e tocou 50 mil pontos.

O volume financeiro alcançou 9,9 bilhões de reais, novamente acima da média do ano, de 6,4 bilhões de reais.

De acordo com profissionais da área de renda variável, o foco segue em eventuais novas delações e desdobramentos da operação Lava Jato, com possíveis implicações que levem a mudanças no comando do país.

Há também apreensão com o jogo político e o agravamento da paralisia no Congresso Nacional, após reportagens afirmarem que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) citou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o candidato derrotado na eleição presidencial de 2014 Aécio Neves (PSDB-MG), entre outros senadores, em seu acordo de delação premiada no âmbito da operação Lava Jato.

"A expectativa ainda fica no julgamento de recursos sobre decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o rito do impeachment", disse o chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco em São Paulo.

O risco, avalia o profissional, é de que o STF não altere decisão anterior, de permitir que o Senado rejeite decisão da Câmara dos Deputados de abrir processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, frustrando expectativas de mudança na cena política.

No exterior, os principais índices acionários dos Estados Unidos subiram amparados em ações de energia, com a alta dos preços do petróleo devido às esperanças de um acordo entre os principais produtores para congelar a produção.

DESTAQUES

- VALE fechou com as preferenciais de classe A em queda de 3,2 por cento e as ações ordinárias em baixa de 3,53 por cento, em sessão marcada pelo declínio dos preços do minério de ferro à vista na China.

- ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO recuaram 3,32 e 4,53 por cento, após ganhos expressivos nos últimos pregões. Também no radar esteve a perda da validade da medida provisória que elevaria de 15 por cento para 18 por cento a alíquota do IR que incide sobre juros sobre capital próprio (JCP) a partir de janeiro de 2017. BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) subiu 0,25 por cento, ainda sensível ao cenário político.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 1,74 por cento, enquanto as ações ordinárias caíram 0,93 por cento, após dia volátil e marcado por alta do petróleo. Os papéis, que vêm registrado ganhos fortes recentemente, seguem atrelados também a expectativas relacionadas à cena política.

- USIMINAS (SA:USIM5) saltou 23,87 por cento, após notícia de que o grupo Nippon Steel vai propor na reunião do Conselho de Administração da siderúrgica na sexta-feira um aumento de capital de cerca de 1 bilhão de reais na empresa brasileira e está disposto a bancar sozinho a injeção de recursos caso outros sócios não queiram participar da operação, conforme disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.

- RUMO LOGÍSTICA foi outro destaque de alta, com valorização de 9,47 por cento, conforme agentes financeiros seguem na expectativa de potencial aumento de capital. A Cosan Logística (SA:RLOG3), que controla a companhia de logística ferroviária, convocou assembleia em 14 de março para deliberar sobre o tema.

- BM&FBOVESPA avançou 5,05 por cento, beneficiada pelo aumento de operações nos últimos dias. Apenas na bolsa, o giro financeiro médio diário soma quase 11 bilhões de reais em março.

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