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Brasil deve captar investimentos em lítio realocados do Leste Europeu, diz ministro

Publicado 07.07.2022, 15:42
Atualizado 07.07.2022, 15:45
© Reuters. Mina de lítio no Chile, um dos maiores produtores do mundo. REUTERS/Ivan Alvarado/File Photo

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - A abertura das exportações de lítio do Brasil deve captar investimentos que antes eram feitos em países do Leste Europeu e Ásia, uma vez que a nova diretriz do governo brasileiro traz segurança jurídica aos investidores que buscam oportunidades ligadas à armazenagem de energia e eletrificação de veículos, disse à Reuters o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.

O decreto que flexibiliza as exportações de lítio do Brasil, publicado na quarta-feira pelo governo federal, tem o potencial de viabilizar mais de 15 bilhões de reais em investimentos na produção do minério até 2030, informou o ministério na véspera.

"O lítio é fundamental para as novas gerações de baterias. Nesse momento de realocação do portfólio de investimentos no mundo, os recursos estão saindo do Leste Europeu e de algumas regiões de países asiáticos e procurando porto seguro para investimento", disse Sachsida, por telefone, nesta quinta-feira.

O decreto corrige uma distorção que vem da década de 70. Como o lítio era um mineral mais escasso, foi considerado estratégico, pela sua utilização, ainda que relativamente pequena, em reatores nucleares.

Segundo ele, o decreto do lítio "aumenta a segurança jurídica, dá mais previsibilidade, diminui a burocracia, estimulando a vinda do investimento privado, que vai gerar emprego e renda para uma das regiões mais pobres do Brasil".

O Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, concentra a maior parte das reservas minerais conhecidas para produção de lítio no país.

Paralelamente, o ministério trabalha para mapear, até o final do ano, outras regiões com potencial para exploração e produção do lítio, disse o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Pedro Paulo Dias Mesquita.

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Segundo ele, as reservas já mapeadas pela Agência Nacional de Mineração ainda não contemplaram todo o potencial descoberto pelas próprias empresas, e algumas no Vale do Jequitinhonha podem prover um custo de produção dos mais baixos em termos mundiais.

O secretário disse que o governo editou o decreto com base na expectativa de investimentos globais na eletromobilidade de 80 bilhões de dólares --orçados em sua maioria em 2021--, visto que o lítio é importante matéria-prima para a produção de baterias de veículos.

"Este movimento nos fez acreditar que a gente deveria aproveitar melhor, a gente teria oportunidade de aproveitar melhor esse movimento... por isso a abertura e dinamização do comércio agora", disse.

O secretário comentou que atualmente mais de 70% do lítio já é voltado para a produção de baterias.

"A gente está esperando um salto da produção brasileira até 2025, só com investimentos visíveis, você vai multiplicar e muito a produção nacional. Você multiplica por mais de cinco vezes", disse Mesquita, lembrando que alguns projetos começam a produzir neste ano.

Esse é o caso da canadense Sigma Lithium Resources Corporation, que começa a produzir até o final do ano em área no Vale do Jequitinhonha.

A co-CEO da Sigma, Ana Cabral-Gardner, concorda que o Brasil pode se tornar uma potência no mercado, disse ela à Reuters.

A Sigma pretende produzir 37.000 toneladas de lítio até dezembro, se a construção continuar dentro do cronograma. A empresa sul-coreana de baterias LG Energy Solution Ltd 373220.KS, que assinou um acordo de fornecimento com a Sigma em outubro passado, será uma das clientes do produto.

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A produção do Brasil ainda ficaria atrás da Austrália e do Chile, os dois maiores produtores de lítio do mundo, que no ano passado produziram 55.000 toneladas e 26.000 toneladas, respectivamente, segundo o Serviço Geológico dos EUA.

Para o diretor de Geologia e Recursos Minerais do estatal Serviço Geológico do Brasil (SGB), Marcio Remédio, o Brasil responde atualmente por apenas por cerca de 1,5% da produção mundial de lítio, mas pode chegar a 5% em dez anos.

 

(Texto de Roberto Samora e reportagem adicional de Ernest Scheyder)

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