SÃO PAULO (Reuters) - A processadora brasileira de alimentos BRF (SA:BRFS3) disse nesta quarta-feira que precificou sua oferta de ações follow-on a 20 reais por ação, um desconto de 7,5% em relação ao preço de fechamento de terça-feira, levantando 5,4 bilhões de reais com a transação.
De acordo com a companhia, grande produtora de aves e suínos, os recursos serão usados para reforçar sua estrutura de capital, expandir atividades e/ou realizar investimentos estratégicos, conforme documento publicado ao mercado.
A oferta foi composta por 270 milhões de novas ações e elevou o capital social da BRF para 13,05 bilhões de reais, disse a empresa, acrescentando que um lote suplementar de 54 milhões de ações - ou 20% da oferta original - não foi vendido.
A BRF tem entre seus maiores acionistas o frigorífico Marfrig (SA:MRFG3) Global Foods, os fundos de pensão Petros e Previ e a gestora de recursos Kapitalo Investimentos.
O jornal O Globo informou no início da semana que apenas a Petros se absteria de comprar ações durante a operação.
Quando a oferta foi anunciada, em dezembro, participantes do mercado especularam que a Marfrig poderia adquirir o controle acionário da empresa sem o risco de acionar uma poison pill que bloqueasse o movimento. No entanto, seus acionistas acabaram aprovando que ela participasse da oferta apenas "até o limite de sua participação societária no capital social da BRF".
Os bancos de investimento Citigroup (NYSE:C), Bradesco BBI, BTG Pactual (SA:BPAC11), Itaú BBA, J.P. Morgan, Morgan Stanley (NYSE:MS), Safra, Santander Brasil (SA:SANB11), Bank of America (NYSE:BAC), Credit Suisse (SIX:CSGN) e UBS BB (SA:BBAS3) administraram a oferta.
(Por Gabriel Araujo)