Investing.com - A BRF (SA:BRFS3) frustrou as expectativas da XP (SA:XPBR31), que já não era muito animadora, com o seu resultado do primeiro trimestre. Além da queda na demanda, a empresa também teve os custos afetados pela inflação global e pela perspectiva macroeconômica mais fraca no Brasil.
As ações da BRF fecharam o pregão em queda de 6,52%, a R$ 12,77
De acordo com a XP, a BRF precisou fazer promoções e ajustes na sua cadeira produtiva para aumentar os seus volumes. O Ebitda ajustado ficou em R$ 121 milhões, caindo 91% na comparação com o 1T21, enquanto a margem Ebitda ajustada ficou em 1%, o nível mais baixo da história da companhia.
A receita líquida do 1T22A ficou em R$ 12,041 bilhões, um avanço anual de 14%, mas o lucro líquido caiu 49%, para R$ 1,113 bilhão.
As mudanças na alta administração da empresa, com a troca do Head Brasil e os novos CFO e conselheiros, também são destacados pela XP como possíveis responsáveis pela piora do cenário já difícil.
Para 2022, a XP permanece cética sobre a recuperação da BRF, já que os preços de milho e soja devem continuar elevados, o que afeta os custos da companhia. Além disso, a perspectiva para a economia brasileira permanece fraca, o que também impacta a demanda no país.
A XP mantém uma recomendação neutra para as ações da BRF.