Investing.com – Após superar o Bradesco (BVMF:BBDC4) em valor de mercado pela primeira vez, passando a ser o segundo maior banco listado na B3 (BVMF:B3SA3), o BTG Pactual (BVMF:BPAC11) reportou o melhor lucro líquido da sua história, o que foi elogiado por analistas.
As receitas totais apresentaram elevação de 21% em doze meses, enquanto o lucro subiu 18% na mesma comparação. Durante call de resultados, o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, afirmou que o recuo anual nas receitas de banco de investimento no 2T23 era esperada, mas que espera uma retomada no segundo semestre do ano.
Para o Itaú BBA, que divulgou relatório aos clientes e ao mercado sobre o tema, o BTG demonstrou um balanço consistente, com espaço para maiores ganhos. O lucro líquido ajustado de R$$ 2,6 bilhões, com 22,7% ROE, ficou levemente superior às projeções do banco de R$ 2,5 bilhões.
Entre os pontos positivos elencados pelos analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, estão a expansão da receita na divisão de empréstimos corporativos e melhoria da qualidade do crédito.
Por outro lado, os analistas citam o aumento das despesas operacionais totais, tendo em vista que o provisionamento de bônus subiu 30% no trimestre, “deixando alguma proteção para o restante do ano”, avalia o Itaú BBA.
“No geral, resultados sólidos não foram uma grande surpresa (dadas as expectativas já altas)”, apontam os analistas, ao indicar que os dados trazem pistas sobre execução, consistência e diversificação do BTG. O Itaú BBA possui recomendação outperform para BTG, com preço-alvo de R$38 para as Units.
Já o BB Investimentos também enxergou o resultado como positivo, impulsionado pela alta de receitas em praticamente todas as frentes de negócio, “que culminaram no registro de mais um trimestre de receitas e lucro líquido recordes, mesmo diante de um cenário ainda árido para o segmento Banco de Investimentos no período”, reforça o analista Rafael Reis.
De acordo com o BB Investimentos, o BTG teria voltado a “apresentar seu agora tradicional combo de expansão com rentabilidade, se beneficiando parcialmente de um ligeiro aquecimento do mercado de capitais no apagar das luzes do primeiro semestre, dando a entender que o segundo semestre promete ser ainda melhor”, completa, ao destacar segmentos de crédito para pessoa jurídica, sales and trading, e asset e wealth management, com altas nas captações.
O analista também citou, por outro lado, a alta nos custos, apontando que “a expansão cobra seu preço”, incluindo alta no número de funcionários. O BB Investimentos considera o BTG como top pick para este ano no setor bancário, com recomendação de compra e preço-alvo de R$35,20.
Às 13h59 (de Brasília), as Units do BTG subiam 0,79%, a R$33,26.