Por Gabriel Codas
Investing.com - O BTG Pactual) divulgou relatório nesta quarta-feira no qual mantém a recomendação de compra para as ações da Santos Brasil (SA:STBP3), com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 8,00 para R$ 6,00. O documento traz também a revisão das estimativas para refletir os impactos do COVID-19 e os dados financeiros e operacionais mais recentes.
Por volta das 12h19, as ações tinham perdas de 1,30% a R$ 3,79. O Ibovespa registrava alta de 1,72% a 82.130 pontos.
Assim, a equipe do banco reduziu a receita líquida 2020E e 2021E em 22% e 19%, o EBITDA em 52% e 23% e o lucro líquido em 152% e 40% para refletir o impacto dessa crise. O preço-alvo é baseado em DCF (Ke de 12,8%, g de 4,0%), oferecendo uma vantagem de 56%.
Os analistas destacam que, depois de crescer em 2019, os volumes do Tecon Santos começaram a enfraquecer em março e continuaram em abril, principalmente devido ao bloqueio chinês. Eles esperam que a fraqueza do volume persista nos próximos meses, pois a desaceleração do comércio global continua atingindo os volumes de contêineres em Santos; os cancelamentos continuam nos próximos meses e o mix se deteriora.
Em termos de política de preços, sua estratégia de longo prazo é inalterada, uma vez que a Maersk permanece um contrato-chave de longo prazo (65-70% do volume do Tecon Santos) e só expira em março de 2021, dando à empresa (e à indústria) tempo para se recuperar da COVID- 19
Apesar da baixa visibilidade da duração do COVID-19, o BTG (SA:BPAC11) vê a STBP bem preparada para navegar por intensa turbulência no mercado. Na avaliação atual (9,2x EV/EBITDA21), o banco acredita que a desaceleração já está precificada. Assim, mantém a recomendação de compra, com base no melhor ambiente regulatório, melhor dinâmica competitiva em Santos, permitindo que Santos retome seus ajustes de preços e perspectiva favorável do setor de portos / infraestrutura.