SÃO PAULO (Reuters) - O BTG Pactual (SA:BPAC11) não tem planos de se desfazer de sua fatia na empresa de geração de energia Eneva (SA:ENEV3), uma vez que acredita no potencial de valorização da companhia, disse nesta terça-feira o presidente do banco de investimentos, Roberto Sallouti.
O executivo, que falou durante teleconferência com investidores e acionistas sobre os resultados do primeiro trimestre, afirmou que a participação societária detida pelo BTG na Eneva foi reclassificada em seu balanço para "permanente".
"Nós mudamos Eneva para o 'permanente' porque nós enxergamos essa empresa ainda com 'upside' relevante, como uma plataforma para desenvolver novos projetos no mercado de energia que gerem muito valor para os acionistas", disse Sallouti, após pergunta de analista sobre o investimento na elétrica.
"Esse investimento fica no 'permanente' como uma posição estratégica, que pretendemos carregar, porque a gente enxerga muito valor a ser criado nessa plataforma", acrescentou ele.
O executivo disse que a intenção do BTG no momento é manter as ações na Eneva "até onde a vista alcança".
O banco possui cerca de 22,89% na Eneva, na qual é o maior acionista junto com a Cambuhy Investimentos, segundo informações do site da empresa de geração de energia.
O site Brazil Journal publicou em abril que o BTG estaria testando o mercado para vender parte de sua fatia na elétrica.
Na teleconferência, o CEO do BTG disse que uma área do banco decidiu vender parte das ações na Eneva e que uma parcela dessa posição foi vendida no mercado, enquanto outra acabou comprada pela própria instituição financeira. "Ela fez uma venda gerencial para nossa área de investimentos de longo prazo".
A Eneva atua na exploração e produção de gás natural e em geração de energia por meio de termelétricas a gás e carvão.
(Por Luciano Costa)