Por Gabriel Codas
Investing.com - O BTG Pactual (SA:BPAC11) divulgou relatório reiterando a recomendação de compra para as ações da Suzano Papel e Celulose (SA:SUZB3). Na visão dos analistas, os ativos ainda estão em um patamar de reversão permanente dos preços da celulose para os custos marginais de produção (US$$ 510/t), o que, não visão deles é um pouco exagerado. A avaliação é que a empresa é uma das poucas isoladas pela crise do coronavírus.
Por volta das 10h50, os papéis tinham alta de 1,02% a R$ 37,76.
Com isso, a equipe acredita que os papéis estão subvalorizados (com base no DCF normalizado) e que os investidores estão descontando mal os benefícios do negócio da Fibria (SA:FIBR3). Embora a alavancagem esteja longe de ser confortável e possa levar anos para normalizar, o banco acredita que o caminho é claro e considera situação gerenciável (ainda gerando FCF no ponto mais baixo do ciclo).
O documento foi elaborado após uma conferência dos analistas do banco com o CEO da Suzano. O texto destaca que a companhia tem mitigado os riscos de interrupção operacional por meio de uma série de iniciativas, como home office, isolamento de instalações industriais, esforços amplos de desinfecção, entre outros.
A equipe ficou satisfeita ao saber que até agora as operações estão funcionando normalmente e o resultado do período ficou praticamente intocado pelo surto, com a empresa cada vez mais focada na redução de custos e despesas no curto prazo.
Os analistas consideram encorajador ver a administração anunciar um aumento no preço da celulose de US$ 30/t na China para entregas em abril, o que ressalta a confiança da administração na força da demanda chiensa por papel higiênico.
Para o BTG, o tom da reunião foi bastante construtivo e acredita que as preocupações dos investidores quanto à alavancagem são um pouco exageradas. Essa é uma das poucas empresas do Ibovespa que pode estar relativamente isolada da crise.