Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O Instituto Butantan fará um novo pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação da vacina contra Covid-19 CoronaVac em crianças de 3 a 11 anos de idade, disse nesta quarta-feira o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB).
"O primeiro pedido feito à Anvisa foi protocolado em agosto deste ano e agora um segundo pedido acompanhado dos estudos feitos pela Sinovac (NASDAQ:SVA), o laboratório privado chinês que produz a CoronaVac", disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
"Lembrando que a CoronaVac já é aplicada para crianças de 3 a 11 anos nos seguintes países: na China, nas Filipinas, na Malásia, no Chile e no Equador. Com isso, o Instituto Butantan entende que é hora de iniciar a vacinação de crianças no Brasil e a vacina CoronaVac se mostra eficaz, segura e adequada para vacinação de crianças", acrescentou.
Doria disse ainda que o governo estadual reservou 12 milhões de doses da vacina para serem aplicadas em crianças uma vez que ocorrer a autorização pela Anvisa.
O presidente do Butantan, Dimas Covas, também presente na entrevista, disse que a nova solicitação deverá ser feita na próxima semana. Covas disse que o novo dossiê a ser enviado ao órgão regulador está sendo preparado.
A Anvisa rejeitou o primeiro pedido feito pelo Butantan, que é vinculado ao governo do Estado de São Paulo, para aplicação da CoronaVac em crianças alegando que o instituto não entregou todos os documentos e dados necessários para a análise.
O órgão regulador também analisa um pedido feito pela Pfizer (NYSE:PFE) para aplicação da vacina que desenvolveu com a BioNTech (NASDAQ:BNTX) em crianças no Brasil.