Investing.com - No caminho de iniciar a listagem de suas ações na bolsa brasileira, a C&A quer atrelar o potencial de valorização ao desempenho de sua concorrente, a Lojas Renner (SA:LREN3). A expectativa é que a abertura de capital seja concluída ainda neste mês. As informações são da edição desta quarta-feira da Coluna Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo.
A publicação aponta a Renner (SA:LREN3) como uma das “queridinhas do mercado”, com o IPO realizado há 15 anos. Na ocasião, a varejista americana JC Penny era controladora da companhia e, com a oferta de ações, fez com que a Renner passasse a ser a primeira companhia no País a ter seu capital pulverizado, o que na prática representa não ter um controle definido. Esse teria sido um dos motivos a levar o papel a decolar.
O Estadão informa que a C&A, atualmente tem como controladora a Cofra Holding da família Brenninkmeijer, dos irmãos Clemens e August. O mercado trabalha com um IPO movimentando até R$ 2,2 bilhões, sendo previsto que a holding venda parte de sua fatia, mas deverá seguir no controle.
Nas conversas com investidores, informa o jornal, há a promessa por parte da C&A de que a holding vai permitir maior autonomia para a operação local, acelerando o ritmo de reformas das lojas, usando os recursos da oferta de ações e também do caixa da companhia. Da oferta principal, 60% é primária, que deve garantir os recursos para a empresa.
O que se sabe até aqui é que a C&A vai estrear na bolsa com valor de mercado que pode chegar a R$ 6 bilhões, levando em consideração o intervalo de R$ 16,50 e R$ 20,00 de indicação.
A coluna informa que, no piso dessa faixa, representaria um desconto em relação à Guararapes, dona da Riachuelo (SA:GUAR3). No entanto, a C&A teve margem Ebitda de 7,4% no fim de junho, enquanto a Renner (SA:LREN3), foi de 21,7%, e Guararapes, de 12,6%. Já em número de lojas no Brasil, C&A, Renner e Riachuelo possuem, respectivamente, 282, 360 e 315.