Investing.com – Vencendo o clima adverso, os dados da C&A (BVMF:CEAB3) foram elogiados por analistas, mas não o suficiente para fazer com que as ações apresentassem ganhos no pregão desta quinta-feira, 08. A varejista apresentou lucro líquido ajustado de R$58,1 milhões no segundo trimestre deste ano, contra R$3,2 milhões apurado um ano antes – um salto de cerca de 18 vezes. No primeiro trimestre, havia contabilizado prejuízo de R$61,4 milhões.
Em repercussão ao balanço trimestral, os papéis perdiam 3,99%, a R$8,91, às 15h (de Brasília). Apesar na queda de 11% no último mês, as ações vêm apresentando sequência de ganhos robustos, registrando alta de 13,92% desde o início do ano e, em doze meses, acumulam valorização de 52,83%.
Balanço é elogiado por analistas
A expansão em segmentos de vestuário e beleza teriam compensado a diminuição das vendas de eletrônicos, com operações nessa vertical sendo descontinuadas pela varejista. “Apesar dos efeitos climáticos adversos, com uma estratégia ágil e reativa, a companhia conseguiu mitigar o impacto de um inverno mais quente – entregando um bom desempenho de vendas e fortes avanços em rentabilidade”, elogiou a Genial Investimentos, que indica compra na ação, com preço-alvo de R$15.
Forte crescimento da receita foi o destaque mencionado pela XP (BVMF:XPBR31). “A C&A apresentou mais um conjunto de resultados sólidos no segundo trimestre, com um forte desempenho de receita, apesar dos desafios relacionados ao clima, e um Ebitda maior que a nossa expectativa, se beneficiando da implementação de iniciativas internas”, apontaram os analistas, que indicam compra no papel, com preço-alvo de R$12.
O BTG (BVMF:BPAC11) considerou o balanço como forte mais uma vez, ultrapassando pares e batendo suas estimativas, “diante um sólido crescimento das receitas de vestuário e serviços financeiros, apesar das temperaturas quentes”. De acordo com os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, ainda que a varejista tenha apresentado bons resultados, a vantagem para as ações seria limitada. Assim, o banco possui indicação neutra para a ação, com preço-alvo de R$14.
“Estamos impressionados com seus investimentos estratégicos na cadeia de suprimentos (modelo push-and-pull + automação), foco no desenvolvimento de produtos e serviços de crédito ao consumidor (impulsionando empréstimos via marca própria), que impulsionaram o desempenho superior em trimestre anteriores e são fundamentais para competir com plataformas transfronteiriças””, afirmam os analistas, mesmo assim. Com concorrência acirrada e juros elevados, a ação segue no radar, com analistas monitorando os patamares de vendas nos próximos trimestres.