Por Gabriel Codas
Investing.com - As ações do Carrefour Brasil (SA:CRFB3) operam com moderada queda nesta sexta-feira, depois de reportar que teve lucro líquido de R$ 735 milhões no quarto trimestre, aumento 7,6% ante igual período de 2018, desempenho apoiado em aumento de vendas e controle de despesas nas operações de atacarejo e de supermercados do grupo. O lucro no período bateu o consenso do mercado de R$ 630 milhões.
Porém, a leve queda está relacionada com o menor apetite ao risco dos investidores, seguindo temores do exterior dos impactos do surto do novo coronavírus na economia mundial. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, cai 1,39% a 112.990,41 pontos às 11h30.
Já as ações do Carrefour (SA:CRFB3) têm leve baixa de 0,14% a R$ 21,44.
A companhia divulgou crescimento de 16,5% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, para R$ 1,465 bilhão, e a margem subiu de 8,8% para 9,1%.
A Mirae Asset avalia que foi um resultado sólido com significativo aumento de receita, mas com queda de margens em virtude do mercado mais competitivo e investimentos efetuados. A corretora é otimista com o setor e com o Carrefour (SA:CRFB3), uma vez que com a recuperação gradual da economia, num ambiente de juros e de inflação baixos, espera um aumento nas vendas, mas em relação às margens, projeta um ano mais competitivo, o que poderá limitar o crescimento das mesmas.
O resultado foi divulgado um dia depois que o principal rival, GPA (SA:PCAR4), publicou seus números trimestrais, mostrando queda de 71% no lucro do período.
A divisão Atacadão, principal geradora de receitas do Carrefour (SA:CRFB3) Brasil, teve expansão de 10,7% nas vendas líquidas no trimestre, enquanto as vendas da divisão de supermercados, chamada de Carrefour Varejo, tiveram aumento de 12,8%.
Enquanto isso, as despesas com vendas, gerais e administrativas avançaram 4,7% no Atacadão e 4,1% no Carrefour (SA:CRFB3) Varejo, informou o grupo no balanço.
O Carrefour (SA:CRFB3) afirmou que as vendas mesmas lojas do Atacadão nos três últimos meses do ano passado subiram 5,5% sobre um ano antes e as da divisão de supermercados saltaram 12,7%, excluindo combustível e comércio eletrônico.