Cartier informa a clientes roubo de dados em ataque cibernético

Publicado 03.06.2025, 14:13
Atualizado 03.06.2025, 14:16
© Reuters. Visitantes olham modelos de relógios em estande da Cartier em exposição em Genebra, na Suíçan09/04/2024nREUTERS/Pierre Albouy

ZURIQUE (Reuters) - A empresa de joias de luxo Cartier, de propriedade da Richemont, teve seu site hackeado e alguns dados de clientes foram roubados, informou a empresa aos clientes, de acordo com um e-mail visto pela Reuters nesta terça-feira.

O ataque é o caso mais recente de uma empresa que está sendo alvo de criminosos cibernéticos, com vários varejistas, incluindo Marks & Spencer e Victoria’s Secret, divulgando incidentes semelhantes.

A Cartier, cujos relógios, colares e pulseiras foram usados por estrelas como Taylor Swift, Angelina Jolie e Michelle Obama, disse que "uma parte não autorizada obteve acesso temporário ao nosso sistema".

"Informações limitadas de clientes", como nomes, endereços de e-mail e países, foram obtidas, informou a Cartier no e-mail. "As informações afetadas não incluíam senhas, dados de cartão de crédito ou outras informações bancárias", afirmou a empresa, observando que o problema já havia sido solucionado.

A empresa disse que reforçou ainda mais a proteção de seus sistemas e dados. A Cartier afirmou ainda que informou as autoridades relevantes sobre o incidente e que estava trabalhando com os "principais especialistas externos em segurança cibernética".

A Cartier não respondeu a um pedido de comentário.

Julius Cerniauskas, presidente-executivo da empresa de inteligência web Oxylabs, disse que a violação mostrou que nenhuma marca está a salvo do crime cibernético.

"Os invasores estão se tornando mais oportunistas e sofisticados, visando marcas que detêm dados valiosos dos clientes, não apenas números de cartão de crédito", disse.

A empresa norte-americana de lingerie Victoria’s Secret também revelou nesta terça-feira que um incidente de segurança relacionado aos sistemas de tecnologia da informação forçou o fechamento temporário de seu site por alguns dias na semana passada.

A Victoria’s Secret informou que a violação não impactou seus resultados financeiros no primeiro trimestre, nem causou uma interrupção material em suas operações, mas alertou que seu segundo trimestre pode ser afetado pelas despesas adicionais incorridas após o incidente.

Já o varejista britânico Marks & Spencer disse no mês passado que um ataque cibernético "altamente sofisticado e direcionado" em abril custará à companhia cerca de 300 milhões de libras (US$405 milhões) em lucros perdidos.

A marca de moda The North Face, de propriedade da VF Corporation (NYSE:VFC), também enviou e-mails para alguns clientes, dizendo que descobriu um ataque de "pequena escala" em abril deste ano.

A empresa disse aos clientes que os hackers usaram "credential stuffing" (preenchimento de credenciais, em tradução livre), em que nomes de usuários e senhas roubados de outra fonte de dados são utilizados na esperança de que os clientes tenham utilizado as mesmas credenciais em várias contas, disse a BBC nesta terça-feira.

A VF Corp não respondeu a um pedido de comentário da Reuters.

A loja de departamentos Harrods, de Londres, também disse no mês passado que hackers tentaram invadir seus sistemas, após incidentes na Marks & Spencer e no Co-op Group.

(Reportagem de John Revill)

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