FLRY3: Ações da Fleury viraram Black Friday?
O Brasil inicia setembro de 2025 em um momento delicado, marcado por desafios estruturais que pesam sobre a economia, mas também por sinais de resiliência que chamam atenção de investidores e analistas.
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda calcula expansão de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB), impactado por uma combinação de fatores: elevada carga tributária, custos de produção ainda altos, e a persistente necessidade de investimentos em infraestrutura. Setores-chave, como agronegócio e energia renovável, continuam a sustentar parte do crescimento, refletindo a capacidade do país de gerar valor mesmo diante de limitações macroeconômicas.
No front monetário, o Banco Central mantém a taxa Selic em 15,%, tentando equilibrar o combate à inflação e o estímulo ao investimento. A inflação, medida pelo IPCA, segue controlada, em torno de 4,8% no acumulado do ano, permitindo certa previsibilidade para empresas e consumidores. Contudo, o custo de crédito ainda alto limita o consumo e o investimento privado, exigindo políticas estruturais que promovam maior competitividade.
No mercado de trabalho, o país registra melhora gradual, mas os desafios persistem: desemprego em torno de 6,8%, informalidade significativa e necessidade de qualificação profissional para atender às demandas de setores estratégicos, como tecnologia e indústria verde.
Para investidores, o cenário é de cautela e oportunidade. O mercado de ações brasileiro oferece empresas com boa geração de caixa e dividendos atrativos, enquanto o mercado de títulos públicos segue como refúgio para proteção contra volatilidade global. Ao mesmo tempo, reformas estruturais em discussão no Congresso, especialmente nas áreas tributária e administrativa, podem abrir espaço para aumento de produtividade e atração de capital estrangeiro.
Em resumo, o Brasil em 2025 se encontra em um ponto de equilíbrio delicado: desafios históricos persistem, mas oportunidades surgem para aqueles que enxergam além do curto prazo. A economia brasileira exige resiliência, planejamento estratégico e visão de longo prazo para investidores e empresários que desejam navegar neste cenário complexo, mas promissor.