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Cenário “sem pouso” da economia dos EUA começa a entrar no debate do mercado

Publicado 11.02.2023, 11:54
© Reuters

Por Yasin Ebrahim

Investing.com – Enquanto prossegue o debate sobre a atuação do Federal Reserve na realização de um “pouso suave” (redução da inflação sem recessão) ou de um “pouso forçado” (desaceleração com recessão) na economia dos EUA, uma terceira possibilidade começa a ser discutida pelo mercado: o cenário “sem pouso”.

Nesse cenário, a economia norte-americana não desaceleraria. A inflação continuaria acima da tendência, e o Fed seria forçado não apenas a elevar os juros mais do que o esperado, como também a manter as taxas altas por mais tempo.

A incerteza decorrente dessa perspectiva não torna o solo fértil para o florescimento dos ativos de risco.

De acordo com Torsten Slok, da Apollo Management, o cenário “sem pouso” traz de volta a ação volátil do mercado vista em 2022, pois reacende a incerteza em relação à inflação e à reação do Fed.

Na visão do Morgan Stanley (NYSE:MS), o excelente relatório de empregos de janeiro intensificou a discussão sobre um eventual cenário “sem pouso”.

Dados oficiais mostraram que, no mês passado, a taxa de desemprego caiu para 3,4% nos EUA, mínima de cinco décadas, minando as apostas em uma recessão no curto prazo, mas também gerou preocupações com o risco de alta da inflação, levando o Fed a elevar os juros e manter uma política restritiva por mais tempo.

“Quanto mais resiliente continuar a economia, mais o Fed terá que reagir”, afirmou o Morgan Stanley, que, no entanto, manteve seu cenário-base de “pouso suave”.

Atualmente, os operadores consideram que haverá mais um aumento de 0,25% na taxa básica, porém cresce a possibilidade de um aumento em maio, de acordo com a ferramenta Monitor de Juros do Fed, do Investing.com.

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Mas o risco é que “este ciclo de aperto não envolva mais um, dois ou três elevações de 0,25%, mas algo mais fundamental”, declarou o ex-secretário do Tesouro americano, Lawrence Summers, em uma entrevista à Bloomberg, citando os riscos de alta da inflação.

Neste momento, entretanto, os investidores continuam acreditando no cenário de “pouso suave”, o que ajudou os ativos de risco a ter um forte início de ano, apesar das fortes oscilações do S&P 500 na semana passada.

“Nossa perspectiva de longa data de que a economia dos EUA terá um pouso suave neste ano se tornou um consenso”, afirmou o Morgan Stanley, acrescentando que um cenário “sem pouso”, ainda que não claramente definido, seja mais parecido com uma desaceleração sem crise econômica.

“Nossas conversas sugerem que a expressão não está claramente definida e tende a levar em consideração as implicações da política monetária, porém o mais provável é que se aproxime do chamado ‘pouso suave’”, complementaram.

Mesmo assim, uma trajetória mais aderente da inflação, no momento em que o Fed afirma que o processo de queda dos preços já começou, colocaria em risco a credibilidade do próprio banco central, gerando ainda mais incertezas.

“Isso colocaria o Fed em uma posição extremamente difícil", declarou Zhiwei Ren, diretor-geral e gestor de portfólio da Penn Mutual Asset Management, em entrevista ao Investing.com, na terça-feira.

“O Fed está agora falando em desinflação, mas, daqui a alguns meses, se a inflação aumentar, pode ser que tenha que mudar sua retórica novamente, e isso afetará sua credibilidade”, acrescentou Ren. “Eu acho que esse é o maior risco".

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Já há sinais de que a desinflação, ocorrida principalmente no setor de bens, pode ser transitória.

Os preços dos carros usados no país saltaram inesperadamente 2,5% no mês passado, maior alta desde o fim de 2021, na esteira de uma demanda forte fora de época, de acordo com a Cox Automotive.

Ainda assim, o cenário “sem pouso” continuará suscitando debates sobre a perspectiva para a economia americana, na medida em que, nos próximos dias, a expectativa é que o consumo e as pressões de preço aumentem.

“Quem está enfrentando o Fed não vêm se dando tão bem ultimamente, o que pode piorar com os dados desta semana", declarou o Scotiabank Economics.

“O índice geral de preços ao consumidor nos EUA deve subir, a expectativa é que inflação básica continue resiliente e os mercados reavaliem a forma como descartaram prematuramente a força do consumo no país no início do ano, enquanto nos preparamos para dados mais fortes no varejo", concluiu.

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