LOS ANGELES (Reuters) - O presidente-executivo da Walt Disney (NYSE:DIS), Bob Iger, disse nesta quarta-feira que deixará "definitivamente" o cargo quando seu contrato atual terminar em 2026 e que a rede de televisão ABC não está à venda.
Em uma entrevista na conferência Dealbook, do New York Times, Iger também disse estar otimista em relação às perspectivas para a Disneylândia de Xangai e que espera que a empresa expanda o parque temático "relativamente em breve".
Iger, de 72 anos, retornou à Disney como CEO em novembro de 2022, menos de um ano após se aposentar, para revitalizar a empresa de mídia após a saída de seu sucessor Bob Chapek. Iger havia planejado ficar por dois anos, mas concordou em estender sua permanência até 2026.
O conselho da Disney está realizando uma busca "robusta" por um sucessor, disse Iger, acrescentando que ele "definitivamente irá se afastar" ao final de seu contrato atual.
Após a fala de Iger, o conselho da Disney anunciou a nomeação do presidente-executivo do Morgan Stanley (NYSE:MS), James P. Gorman, e de Jeremy Darroch, ex-CEO do Sky Group, como novos diretores a partir do início do próximo ano.
Ele também afirmou que a unidade ABC, da Disney, não está à venda, conforme a empresa enfrenta queda na popularidade da televisão em meio à transição da audiência para o streaming.
Iger havia dito anteriormente neste ano que redes como a ABC podem não ser "centrais" para a Disney no futuro.
Na indústria cinematográfica, Iger disse que a empresa fez muitas sequências e cometeu um "erro" ao pedir à Marvel Studios que produzisse muitas séries para o streaming Disney+.
"A quantidade, no nosso caso, limitou a qualidade e a Marvel sofreu muito com isso", disse Iger.
Iger reconheceu que os desafios enfrentados pela Disney são "muito mais desafiadores do que eu esperava", mas acrescentou que não está intimidado. "É apenas muito mais trabalho."
(Reportagem de Zaheer Kachwala em Bengaluru e Lisa Richwine em Los Angeles)