RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), operada pela mineradora Vale (SA:VALE3) em Serra, no Espírito Santo, foi alvo nesta segunda-feira de manifestações relacionadas ao rompimento em 2015 de uma barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais, informou a companhia em nota.
A barragem da Samarco, uma joint venture entre a Vale e a anglo-australiana BHP, entrou em colapso em novembro de 2015, deixando 19 mortos, centenas de desabrigados e poluindo o rio Doce até o mar do Espírito Santo. O rompimento foi considerado o maior desastre ambiental do Brasil.
O bloqueio da ferrovia, iniciado pela manhã, foi encerrado por volta das 16 horas, a partir de quando as operações da EFVM foram retomadas, disse a Vale, por meio da assessoria de imprensa.
"A pauta dos manifestantes está relacionada com a contratação de assessorias técnicas, que será custeada pela Fundação Renova (SA:RNEW11), criada para gerir e executar os programas e ações de reparação e indenização às pessoas afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão", afirmou em nota a Vale, que não detalhou os impactos do movimento sobre suas atividades.
A Vale reiterou ainda que está acompanhando as tratativas com as comunidades, como uma das signatárias do Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) firmado entre entidades públicas e privadas após o desastre.
Além do desastre da Samarco, a Vale está atualmente às voltas com as consequências de outro rompimento fatal de uma barragem, verificado em Brumadinho (MG) em janeiro. O incidente deixou centenas de mortos e ainda é alvo de investigações por autoridades.
(Por Marta Nogueira)