PEQUIM (Reuters) - A China colocou a Lockheed Martin (NYSE:LMT) e a Raytheon (NYSE:RTX)em uma "lista de entidades não confiáveis" sobre vendas de armas para Taiwan, proibindo-as, nesta quinta-feira, de realizar importações e exportações relacionadas à China em suas últimas sanções contra as duas empresas norte-americanas.
A Lockheed Martin e a Raytheon Missile and Defense Corporation, uma subsidiária da Raytheon Technologies, estão proibidas de "se envolver em atividades de importação e exportação relacionadas à China", disse o Ministério do Comércio da China em um comunicado.
Nenhuma das empresas vende produtos de defesa para a China. A Raytheon se recusou a comentar. A Lockheed não pôde ser imediatamente contactada para comentar.
A China também proibiu as empresas de mais investimentos locais, proibiu a entrada da alta administração no país, cancelou autorizações de residência para qualquer funcionário na China e impôs multas que são o dobro dos valores contratados de suas vendas de armas para Taiwan.
Não está claro como a China aplicará essas multas, que devem ser pagas em 15 dias.
Em fevereiro passado, a China sancionou as duas empresas por causa de uma venda de armas de 100 milhões de dólares para Taiwan, uma ilha autogovernada que Pequim vê como uma província separatista.
Em pelo menos duas ocasiões anteriores, a China anunciou sanções contra as empresas, em 2019 e 2020, embora Pequim não tenha explicado o que essas sanções implicavam ou como foram aplicadas.
Os Estados Unidos não vendem armas para a China. No entanto, o país é obrigado pela Lei de Relações com Taiwan de 1979 a fornecer meios de defesa, e as vendas de armas norte-americanas sempre atraem a raiva da China.
(Por Tony Munroe e Laurie Chen)