SÃO PAULO (Reuters) - A rede de cafeterias chinesa Luckin Coffee (OTC:LKNCY) assinou nesta quarta-feira um acordo que prevê a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro pela empresa, no valor cerca de 500 milhões de dólares, segundo informações do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Com mais de 16 mil lojas na China, a Luckin Coffee é a principal importadora de café brasileiro no país e se comprometeu a promover e comercializar ativamente o produto para seus clientes e parceiros, diz o comunicado da pasta, que cita o apoio da Agência Brasileira de Promoção à Exportação (ApexBrasil) na iniciativa.
"Em 2022, o Brasil exportou 80 milhões de dólares em café e no ano passado, foram 280 milhões de dólares, praticamente quatro vezes mais que no ano anterior. Agora, só neste contrato com a Luckin Coffee, estamos falando de meio milhão de dólares, o que demonstra que o Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, está abrindo mercados", disse o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, em nota.
O consumo de café na China aumentou 15% na temporada 2022/23, impulsionado pela expansão das cafeteiras em várias das grandes cidades do país em meio a uma demanda crescente dos chineses mais jovens, o que tem favorecido embarques do Brasil, maior exportador global.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) havia dito à Reuters que trabalhava em um projeto para promover o grão brasileiro junto à Luckin Coffee, depois de ter concluído parceria do gênero com a rede chinesa de café Mellower, enquanto a China ganha cada vez mais espaço nas exportações do Brasil.
O país asiático já aparece entre os principais importadores de café do Brasil.
(Por Letícia Fucuchima)