CNN faz acordo com veterano da Marinha dos EUA após ser condenada a pagar US$5 mi por difamação

Publicado 17.01.2025, 16:59
Atualizado 17.01.2025, 19:45
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Por Jack Queen

(Reuters) - A rede CNN chegou nesta sexta-feira a um acordo com um veterano da Marinha dos Estados Unidos que ajudou a retirar pessoas do Afeganistão depois da saída dos militares norte-americanos do país, em 2021, anunciou um juiz nesta sexta-feira, horas depois de um júri ter decidido que a emissora era culpada por tê-lo difamado.

O júri, composto por seis pessoas, sentenciou a CNN a pagar indenização de 5 milhões de dólares. O acordo vai evitar uma segunda fase do julgamento, que determinaria danos punitivos. O veredicto veio após duas semanas de sessões no tribunal estadual de Panama City, na Flórida.

O juiz William Henry não forneceu mais detalhes sobre o acordo ao anunciá-lo em audiência pública.

Zachary Young processou a CNN em 2022, acusando a unidade da Warner Bros Discovery (NASDAQ:WBD) de destruir sua reputação no programa “The Lead with Jake Tapper”, rotulando-o como um aproveitador que explorava afegãos desesperados cobrando taxas exorbitantes.

A CNN defende a publicação e nega que tenha difamado Young, embora a rede tenha dito, em março de 2022, que se arrependia de ter usado o termo “mercado negro” para se referir ao seu trabalho.

Um representante da CNN disse que a rede continua orgulhosa de seus jornalistas, mas "é claro que tiraremos todas as lições úteis que pudermos deste caso". O representante se recusou a oferecer detalhes do acordo. Os advogados de Young não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.

Young, que vestia um terno preto e gravata azul, sorriu quando o magistrado agradeceu os advogados pelo seu trabalho, antes de dispensá-los. O processo envolve a função de Young como consultor de segurança, ajudando empresas e instituições de caridade a retirar pessoas do Afeganistão depois que o Taliban retomou o controle do país, após a caótica retirada dos militares dos EUA.

No programa, a CNN disse que “afegãos desesperados” tentando escapar do país estavam sendo “explorados” com taxas “exorbitantes” e “impossíveis”, cobradas para tirá-los do território.

O trecho focalizou Young, mostrando seu nome e foto com uma legenda que dizia que as pessoas que tentavam deixar o país sofriam com o perigoso “mercado negro”.

“A soma e a substância do trecho afirmam e sugerem que Young comercializou retiradas diretamente com cidadãos afegãos, que explorou cidadãos afegãos, que vendeu a eles bens e serviços ilegais no mercado negro”, alegou Young no processo.

(Reportagem de Jack Queen em Nova York)

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