Por Paula Arend Laier
(Reuters) - A Cogna (SA:COGN3) reportou nesta sexta-feira prejuízo de 92,9 milhões de reais no segundo trimestre, ante perda de 454,7 milhões de reais um ano antes, em período ainda marcado pela queda de receitas pressionada pelo segmento de ensino superior presencial, mas com menores provisões.
A receita líquida caiu 5,2% ano a ano, para 1,3 bilhão de reais, com o efeito negativo do ensino superior presencial sendo, de acordo com a empresa, parcialmente compensado pelo crescimento observado nas receitas de ensino superior a distância e da unidade Vasta.
O total de custos, porém, cresceu 9,2% e as despesas operacionais avançaram 11,23% no período de abril a junho frente ao mesmo intervalo de 2020.
O Ebitda recorrente somou 329,5 milhões de reais, um salto de 173,2% frente ao mesmo período do ano passado, com margem de 25,3%, bem acima dos 8,8% registrados um ano antes.
A Cogna atribuiu tal desempenho à melhora de performance no recebimento, uma maior adimplência os alunos e da redução no custo com docentes. "Essa melhora refletiu em uma menor provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) no ensino superior pagante e nos produtos de parcelamento (PEP/PMT)."
A provisão para créditos de liquidação duvidosa caiu 61,5%, para 192,7 milhões de reais.
Ao final do segundo trimestre, o total entre caixa e aplicações financeiras somava 3,7 bilhões de reais, enquanto a dívida líquida totalizava 3 bilhões de reais. O indicador de alavancagem dívida líquida/Ebitda ajustado era de 2,13 vezes, de 1,97 vez no final do primeiro trimestre do ano.