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Com dados da China, Ibovespa cai 0,96%, aos 115.062,54 pontos

Publicado 15.09.2021, 14:48
Atualizado 15.09.2021, 18:10
© Reuters.  Com dados da China, Ibovespa cai 0,96%, aos 115.062,54 pontos

Com o doméstico em segundo plano na sessão, o Ibovespa refletiu nesta quarta-feira, 15, essencialmente os sinais de perda de vigor na China, economia à qual carros-chefes da B3 (SA:B3SA3), como Vale (SA:VALE3) (ON -2,50%), têm grande exposição. Assim, saindo de abertura aos 116.190,51 e chegando na máxima do dia aos 116.312,22 pontos, o Ibovespa emendou a segunda perda, em queda de 0,96%, aos 115.062,54 pontos, tendo chegado na mínima desta quarta-feira aos 114.741,16 pontos. O giro financeiro, em dia de vencimento de opções sobre o índice, chegou a R$ 46,6 bilhões no fechamento - na semana, a referência da B3 ainda avança 0,68%, com perdas no mês a 3,13% e, no ano, a 3,32%.

Após ter feito a leitura de copo meio vazio no dia anterior, com o resultado abaixo do esperado sobre a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em agosto, os índices de ações em Nova York tiveram recuperação nesta quarta-feira, embora a extensão do fôlego sustentado há meses pelas ações americanas seja questão de controvérsia crescente, enquanto se aguarda o anúncio, pelo Federal Reserve, do início da retirada de estímulos monetários, o chamado "tapering'. Na semana que vem, os comitês de política monetária do Fed e do BC brasileiro voltam a se reunir nos mesmos dias (21 e 22).

Nesta quarta-feira, as principais bolsas europeias fecharam o dia em baixa, atentas também aos dados chineses, que se refletiram, mais uma vez, nos preços do minério de ferro, em queda superior a 4% em Qingdao, no menor nível desde outubro. Assim, a alta acima de 2%, e que chegou a superar 3% para o petróleo na sessão, espelhando efeitos da tempestade tropical Nicholas sobre a produção no Golfo do México, foi insuficiente para que o Ibovespa evitasse correção perto de 1% na sessão, pressionado desde cedo por leituras abaixo do esperado sobre a produção industrial e especialmente as vendas do varejo na China em agosto, conjugadas depois a novos sinais de desgaste na relação entre o governo e o Supremo Tribunal Federal, envolvidos em tentativa de solução para o parcelamento de precatórios.

Vindo de longo intervalo em que respondeu especialmente às diversas incertezas domésticas, o Ibovespa acresce os ruídos internos a águas internacionais menos previsíveis, em que sinais de enfraquecimento de ritmo econômico começam a chegar dos Estados Unidos e da China. "No exterior, a reação ao CPI (de ontem, abaixo do esperado) surpreendeu, com o mercado de Treasuries 'raliando' frente à percepção de um crescimento menor dos Estados Unidos, quando a dúvida vinha sendo sobre o momento do início do 'tapering' pelo Federal Reserve", diz Fernando Ferreira, head de research e estrategista-chefe da XP.

Assim, o Ibovespa iniciou a semana buscando recuperar-se da anterior, "mas deu azar de pegar os mercados dos Estados Unidos no início de uma correção". "Desde outubro de 2020, o S&P 500 não tem uma correção de 5%, o mercado por lá tem subido continuamente, o que leva diversas instituições, como BofA e Goldman Sachs, entre outras, a expressar visões mais cautelosas, negativas no curto prazo, na medida em que os preços estão esticados por lá", observa Ferreira.

"Mais do que a política, isso tem pesado aqui, com Nova York parecendo se aproximar de correção", acrescenta o estrategista-chefe da XP, casa que manteve nesta semana cenário-base de Ibovespa a 135 mil pontos no fechamento do ano, com piso a 110 mil, no cenário negativo mais extremo, e topo a 150 mil, no cenário oposto, de extremo otimismo.

"Além da antecipação do calendário eleitoral, que já se reflete nos preços dos ativos - algo que ficaria lá para fevereiro, março ou abril do ano que vem -, há um conjunto de outras incertezas, entre as quais, os preços das commodities, especialmente o minério de ferro, que acumula queda de 40% em um mês e meio, afetando a expectativa de lucros no setor", diz Ferreira.

Além dos Estados Unidos, ele menciona também as dúvidas sobre a economia chinesa, maior mercado para as commodities brasileiras, que além de uma ofensiva de controle governamental sobre segmentos como o do aço, começa a aparentar dificuldades em outro setor relevante, o da construção, conforme se viu no recente episódio da Evergrande (HK:3333), uma das gigantes do segmento na China.

Sobre este desdobramento importante relacionado à economia chinesa, a consultoria Capital Economics avalia que a raiz dos problemas da Evergrande e de outras companhias do setor imobiliário, altamente alavancadas, é que a demanda por propriedades residenciais entra em uma era de "declínio sustentado" no país. Em relatório a clientes, o banco ING considera que a Covid-19 provocou um crescimento "inesperadamente fraco" nas vendas de varejo da China em agosto, enquanto a carência de microchips continua a pressionar investimentos, a produção e as vendas de automóveis. Por sua vez, o Citi avalia que o crescimento econômico da China deve desacelerar ainda mais, o que levou o banco americano a cortar a estimativa de expansão do PIB chinês neste ano, de 8,7% para 8,2%.

"O varejo na China veio muito abaixo do esperado, em ritmo mais lento de crescimento, de 2,5%, frente a expectativa de 7%. Além do efeito sobre commodities, de que somos grandes exportadores, e levando em conta também que a China é um de nossos principais parceiros comerciais, foi o principal 'driver' para a queda do Ibovespa, em dia de alta no mercado americano", diz Flávio de Oliveira, head de renda variável da Zahl Investimentos.

"Os dados mais fracos na China prejudicaram a tomada de risco também em outros importantes mercados, como os da Europa, em dia no qual tivemos indicadores internos positivos, vale dizer, mas não o suficiente para segurar o Ibovespa", diz Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, chamando atenção para o IBC-Br, considerado prévia do PIB, em alta de 0,6% em julho, acima da previsão de 0,4% para o mês. "Depois da leitura sobre a atividade de serviços, o resultado de hoje, importante, pode mostrar eventual aceleração do crescimento econômico para o último trimestre, principalmente", acrescenta.

Na B3, destaque positivo nesta quarta-feira para Petrobras ON (SA:PETR3) e PN (SA:PETR4), em alta respectivamente de 1,09% e 1,74% no fechamento, refletindo o avanço dos preços do petróleo na sessão, com o Brent acima de US$ 75 por barril, em Londres, no maior nível desde 30 de julho. Na ponta do Ibovespa, PetroRio (SA:PRIO3) subiu 7,44% e Bradespar (SA:BRAP4), 5,23%, à frente de Gol (SA:GOLL4) (+2,59%) e de Minerva (SA:BEEF3) (+2,02%).

O avanço de Bradespar, em dia negativo para Vale (ON -2,50%), refletiu a aprovação de programa de bonificação em ações. Em comunicado, informou que será convocada assembleia geral extraordinária no dia 15 de outubro para propor a redução do capital social dos R$ 5,76 bilhões para R$ 500,124 milhões, sem o cancelamento de ações. Se aprovada, a redução será concretizada com a entrega de ações ordinárias da Vale aos acionistas da Bradespar. Na ponta negativa do Ibovespa, Cogna (SA:COGN3) cedeu hoje 4,42%, Sul América (SA:SULA11), 4,05%, e Americanas ON (SA:AMER3), 4,00%.

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A China fez guerra biológica contra o mundo e saiu ganhando vantagens econômicas.  Agora usa sua crise interna para fazer as bolsas sangrarem e reduzirem suas perdas, decorrentes da sua própria incompetência na centralização de decisões de mercado.
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