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Com Petrobras e Brasília, Bolsa fecha em baixa de 0,45%

Publicado 08.02.2021, 15:42
Atualizado 08.02.2021, 19:10
© Reuters Com Petrobras e Brasília, Bolsa fecha em baixa de 0,45%
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Pressionado pelas ações de Petrobras (SA:PETR4) e de bancos, o Ibovespa não conseguiu segurar na tarde desta segunda-feira, 8, a linha dos 120 mil pontos, reconquistada na última sexta-feira e, no pior momento da sessão, parecia a caminho de testar também os 119 mil pontos, para baixo. Em dia no qual a empresa anunciou aumento dos combustíveis, as dúvidas sobre a política de preços da estatal, em meio à retomada de temores sobre eventuais ingerências políticas, recolocaram as ações da petrolífera em terreno negativo, em queda de 3,14% (PN) e de 4,14% (ON) (SA:PETR3), cortando a recuperação do índice ensaiada na sessão anterior. Assim, o Ibovespa fechou hoje em baixa de 0,45%, aos 119.696,36 pontos, entre mínima de 119.140,08 e máxima de 120.844,42, com giro a R$ 33,6 bilhões. No ano, o índice limita os ganhos a 0,57%, com avanço de 4,02% em fevereiro.

Após a Petrobras ter anunciado hoje aumento de cerca de 8% no preço da gasolina, a Ativa Investimentos estima, em nota, que ainda exista espaço para nova elevação de preço no curto prazo, de até 5%, avalia o economista Guilherme Sousa. Na noite de ontem, a confirmação pela Petrobras, em novo fato relevante sobre o assunto, de que havia alterado, em junho do ano passado, a periodicidade da aferição da aderência entre o preço doméstico e o internacional contribuiu para estender o mal-estar ensaiado na sexta-feira, quando a notícia veio a público, ocasionando outro fato relevante da empresa, ainda naquela noite. Ontem, a Petrobras apontou que a alteração na periodicidade - de três meses para um ano - não configura mudança de sua política comercial.

Em outra frente diretamente relacionada aos preços da estatal, o presidente Jair Bolsonaro anunciou, na sexta-feira, que vai enviar um projeto para estabelecer valor fixo de ICMS sobre combustíveis, em busca de solução para a insatisfação dos caminhoneiros com o custo do diesel - a iniciativa do Executivo federal recebeu críticas do governador de São Paulo, João Doria, e de secretários estaduais de Fazenda. Hoje, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o governo não pretende interferir na autonomia dos Estados. Ele acrescentou, contudo, ser necessário que a economia brasileira tenha mecanismos para dar previsibilidade e evitar grande volatilidade nos preços dos combustíveis.

"Desde sexta há confusão na comunicação da Petrobras, e o mercado, que não é bobo, está colocando no preço esta desconfiança até que a empresa mostre clareza. Costurando o que aconteceu nos últimos dias, a percepção é de que está havendo interferência política", diz Jefferson Laatus, estrategista do Grupo Laatus, chamando atenção para a possibilidade de investidores estrangeiros - como é caso frequente nos EUA - unirem-se para questionar a atitude da empresa na Justiça.

"Com o petróleo subindo 2%, Petrobras (ON) caiu mais de 4% (maior perda do Ibovespa na sessão). Definitivamente, o governo se equipara a anteriores no sentido de manter a política de preços da Petrobras limitada à agenda política. É um cenário lamentável, quando se sabe, agora, o que está acontecendo há quase um ano - o que mostra que o acionista não está recebendo tratamento equitativo. Não é um boa política de companhia aberta, o que vai resultar em prêmio negativo", diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Para coroar o descasamento do Ibovespa ao dia positivo no exterior, o mercado reagiu também com cautela às pressões do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para que o governo conceda logo a extensão do auxílio emergencial - ainda hoje Pacheco terá reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Nesta segunda-feira, o presidente do Senado adiou a instalação, prevista inicialmente para amanhã, da Comissão Mista de Orçamento, responsável pela análise da proposta orçamentária de 2021 antes de ir a plenário. Ele também afastou a possibilidade de condicionar o benefício à aprovação de propostas fiscais no Congresso.

Em outro desdobramento importante sobre o auxílio, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse haver acordo entre o presidente Jair Bolsonaro, o da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre a concessão de novo auxílio emergencial. Assim, a pauta emergencial parece ganhar preeminência sobre as reformas e os ajustes estruturais, o que contribui para esticar as preocupações em torno da situação fiscal. "A mobilização sobre o auxílio emergencial é natural. Não tivemos uma boa estratégia para o combate à pandemia, que escalou, comprometendo o emprego, a renda - e agora vamos pagar por isso", observa Silveira, da Nova Futura.

Na ponta do Ibovespa nesta sessão, destaque para Cosan (SA:CSAN3) (+8,57%), à frente de Cyrela (SA:CYRE3) (+4,77%), BTG (SA:BPAC11) (+3,77%) e CSN (SA:CSNA3) (+3,65%). No lado oposto, Petrobras ON (SA:PETR3) (-4,14%), Ambev (SA:ABEV3) (-3,74%) e Cogna (SA:COGN3) (-3,46%). O dia foi positivo para Vale ON (SA:VALE3) (+1,42%) e negativo para o segmento de bancos, com perdas entre 0,27% (BB (SA:BBAS3) ON) e 3,25% (Santander (SA:SANB11)).

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