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Comerc, Eneva e EDF avaliam participar de leilão da CEEE-G, dizem fontes

Publicado 01.02.2022, 14:58
Atualizado 01.02.2022, 15:00
© Reuters. Imagem da hidrelétrica de Furnas em São José da Barra
7/09/2021
REUTERS/Washington Alves

Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - O leilão de privatização da gaúcha CEEE-G despertou interesse de grandes grupos do setor elétrico, entre eles Eneva (SA:ENEV3), Comerc e EDF (PA:EDF), que veem uma oportunidade de ampliar sua participação no mercado de geração renovável de energia, disseram fontes à Reuters.

Marcado para 15 de fevereiro, o certame com lance mínimo de pouco mais de 1,2 bilhão de reais na prática implicará na alienação do controle de hidrelétricas pela CEEE-G --as usinas são os principais ativos detidos pela companhia.

A CEEE-G tem cinco hidrelétricas, oito pequenas centrais (PCHs) e duas centrais geradoras (CGHs), totalizando cerca de 990 MW de capacidade instalada. Somadas as participações da companhia em consórcios ou sociedades de propósito específico (SPEs), o portfólio chega a 1,27 GW de potência.

Com a privatização, as hidrelétricas deixarão de operar no regime de cotas e assinarão novos contratos de concessão como produtores independentes, permitindo a venda da energia no mercado livre.

O fato de as usinas passarem a estar totalmente descontratadas após a operação é um dos principais atrativos para empresas que atuam no mercado livre de energia, como a Comerc e mais recentemente a Eneva, apontam fontes com conhecimento do assunto, que preferiram ficar no anonimato para falar sobre o assunto.

"Por um lado, isso tira o interesse de alguns 'players', como grandes fundos que buscam ativos mais seguros e sem o risco de comercialização. Por outro, traz outros tantos, interessados em revender essa energia a bons preços", afirmou uma fonte.

A Comerc é uma das maiores empresas em comercialização de energia do país e vem buscando crescer no segmento de geração, como forma de garantir lastro para suas vendas de energia e diversificar os negócios. No ano passado, ganhou a Vibra como sócia.

Já a Eneva entrou no mercado de energias renováveis com a aquisição da Focus, empresa que também atua em comercialização e detém um portfólio de usinas para desenvolvimento.

Outra empresa que também está olhando o ativo é a francesa EDF, que opera termelétricas e usinas eólicas e solares no Brasil. Segundo uma fonte, o grupo participaria do leilão por meio da EDF Norte Fluminense, e não com o braço dedicado a fontes renováveis.

Procurada, a EDF disse que está atenta ao mercado e sempre avalia oportunidades de crescimento para reforçar sua presença. "O Brasil é um dos países-chave para o desenvolvimento do Grupo EDF e, alinhada com a estratégia global do grupo, a EDF Norte Fluminense busca diversificar seu portfólio", disse, em nota.

A Comerc preferiu não se posicionar. A Eneva não retornou ao pedido de comentário.

MAIS INTERESSADOS

No mercado, a expectativa é de que a concorrência possa atrair ainda outros grupos do setor elétrico, principalmente aqueles que já têm experiência na operação de ativos hidrelétricos.

Além disso, a disputa envolve valores expressivos, o que acaba restringindo o número de participantes. O valor mínimo do processo é de 1,25 bilhão de reais pelo lote único de ações da CEEE-G, representativas de 67% do capital social da companhia.

A CPFL (SA:CPFE3) já chegou a comentar publicamente sobre seu interesse em ativos da estatal gaúcha. Em teleconferência no ano passado, o presidente Gustavo Estrella disse que a companhia tem interesse apenas nas usinas da CEEE-G das quais já é sócia.

HÍDRICAS

As usinas da fonte hídrica vêm perdendo protagonismo no plano de negócio das geradoras nos últimos anos, à medida que as tecnologias eólica e solar se tornaram mais baratas e ganharam espaço.

No entanto, ainda são ativos rentáveis e que possuem grande importância para a matriz brasileira, destacam pessoas que acompanham o processo da CEEE-G.

"As usinas que vão a leilão estão amortizadas e têm relativamente poucos passivos", disse uma fonte.

© Reuters. Imagem da hidrelétrica de Furnas em São José da Barra
7/09/2021
REUTERS/Washington Alves

"Como o negócio nasce limpo, sem contratação nenhuma, o novo dono pode vender 70% ou 80% da energia e o resto não vendido já serve como hedge natural para o GSF (risco hidrológico)", afirmou outra fonte.

Já na avaliação de outra pessoa que acompanha o processo, o leilão da CEEE-G está dividindo atenção com outros negócios que estão no mercado, como a venda de portfólios de ativos renováveis por parte de gestoras.

 

(Por Letícia Fucuchima)

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