LONDRES (Reuters) - Supermercados no Reino Unido e na Europa estão oferecendo mais alimentos de marca própria para festas, desde pato assado até biscoitos trufados, à medida que famílias com orçamento limitado gastam em refeições de Natal em casa, reduzindo presentes e alimentação fora.
Refeições para festas estão sendo priorizadas à medida que a inflação obriga os lares a ajustarem seus orçamentos, afirmam executivos e analistas de mercado. Para alguns supermercados, é uma oportunidade de vender mais para consumidores que podem se dar ao luxo de gastar durante as festas.
"A tendência em alimentos é forte", disse à Reuters no mês passado Simon Roberts, presidente-executivo da Sainsbury (LON:SBRY)'s, segunda maior rede de supermercados do Reino Unido. "Estamos preparados para um Natal forte em alimentos."
Os britânicos esperam gastar cerca de 105 libras a mais no Natal deste ano do que em 2022, de acordo com pesquisa do Barclays (LON:BARC), sendo que alimentos e bebidas devem ser os itens com maior contribuição -- com um aumento médio de quase 26 libras.
"Vou hospedar bastante nas próximas semanas e preferimos fazer as coisas em casa -- é mais relaxante", disse Robyn Asher, de 55 anos, enquanto fazia compras em um supermercado Sainsbury's em East Dulwich, Londres.
"Você pode beber vinhos muito melhores em casa, porque a margem de lucro nos restaurantes é muito alta", acrescentou.
James Simpson, diretor-geral do produtor de champanhe Pol Roger, disse que, embora o crescimento nas vendas da bebida provavelmente desacelere em 2023, ele antecipa vendas fortes no Natal.
Os supermercados na Europa também ampliaram sua gama de alternativas a alimentos de marca, já que a grande maioria (78%) dos consumidores na França, na Alemanha, na Itália, na Espanha e no Reino Unido, em todos os grupos de renda, dizem que estão optando por produtos mais baratos ou comprando em varejistas com preços mais baixos, de acordo com pesquisa da McKinsey.
(Reportagem de James Davey e Helen Reid; reportagem adicional de Emma Rumney)