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Commodities animam Ibovespa, mas NY e ruído político são riscos

Publicado 08.05.2023, 08:30
Atualizado 08.05.2023, 12:26
© Reuters.  Commodities animam Ibovespa, mas NY e ruído político são riscos
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A valorização firme das commodities estimula nesta segunda-feira, 8, alta do Ibovespa, que tenta mirar a marca dos 106 mil pontos, após fechar com elevação de 2,91%, aos 105.148,48 pontos, na sexta-feira. Em recuperação, o petróleo segue em recuperação e sobe acima de 2%, enquanto o minério de ferro terminou a sessão em Dalian, na China, com ganho de 5,02%, a US$ 104,29.

Dentre os fatores que atrapalham o Índice Bovespa são as quedas das bolsas em Nova York e os ruídos políticos no Brasil, envolvendo a Eletrobras (BVMF:ELET3) e, de novo, a taxa Selic. Além disso, a agenda está esvaziada aqui e lá fora pode estimular volatilidade.

"A agenda é fraca hoje, mas ganhará força a partir de amanhã. Aqui, as atenções estão voltadas para a ata do Copom e o CPI dos Estados Unidos", afirma a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese.

Na visão da economista, o comunicado do Comitê do Banco Central (BC) na semana passada, quando a Selic foi mantida em 13,75% ao ano, foi "hawkish", no sentido de não deixar, por ora, espaço para corte da Selic. "Achei super duro o comunicado do Copom", diz.

Enquanto a ata será divulgada amanhã pelo BC, o índice de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos relativo a abril sairá na quarta-feira. Destaque ainda para a decisão de política monetária do Banco Central da Inglaterra, o BoE, na quinta, que provavelmente elevará seus juros de novo. A decisão ocorrerá quase uma semana depois de o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) aumentar seus juros em 25 pontos-base e sinalizar que pode ter encerrado o atual ciclo de aperto monetário.

"Por ora permanece firme a aposta de que o Federal Reserve encerrou seu ciclo de aperto monetário e que irá iniciar uma flexibilização ao longo do segundo semestre, algo ainda incerto", escreve em nota o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria. Conforme ele, o CPI norte-americano deverá fornecer novos elementos para esta avaliação dos juros.

Embora o payroll, o relatório de emprego dos EUA, divulgado na sexta, tenha mostrado mais vagas do que o esperado em abril, houve sinais de algum desaquecimento, observa Helena, da B.Side. "O salário médio subiu, a taxa de desemprego caiu, mas houve algumas revisões pesadas, indicando que o mercado de trabalho não está tão aquecido, reforçando a ideia de pausa nos juros dos Estados Unidos."

No Brasil, o tema "preços" também é destaque, só que hoje. O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) apresentou deflação de 1,01%, superando a mediana negativa das projeções (-0,99%). Além disso, a pesquisa Focus mostrou alívio na mediana das expectativas para o IPCA fechado deste ano (a 6,02%, de 6,05%) e do seguinte (a 4,16%, de 4,18%). O resultado deve reforçar a pressão do governo para corte da Selic, cujas estimativa na Focus seguiu inalterada para este ano, o seguinte e o de 2025, mas subiu de 8,88% para 9,00% em 2026.

"A Focus também ajuda melhora de humor. É a primeira vez em quase um mês que a projeção cede. Isso melhora o cenário e claro, principalmente pensando em política monetária", avalia a economista-chefe da B.Side.

No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar ser contrário ao nível atual do juro básico, que está em 13,75%, e ainda afirmou que pretende recorrer da privatização da Eletrobras. Para Helena, como a pressão do governo para corte da Selic não é mais novidade, vai perdendo relevância. Porém, ao mencionar o caso da Eletrobras, o assunto preocupa. "Não acredito que tentarão reverter a privatização agora pois tem outros assuntos que são prioridade, mas ao falar que tentará, pega mal", analisa.

As ações da Eletrobras reagem negativamente, ao passo que as da Petrobras (BVMF:PETR4), positivamente, por conta do petróleo e ainda em razão das noticias sobre a empresa. A petrolífera aprovou, por exemplo, a decisão final de investimentos do bloco BM-C-33, operado pela Equinor (OL:EQNR), localizado no pré-sal da Bacia de Campos, no Estado do Rio de Janeiro.

Outra influência de alta para o Ibovespa são os papéis da Braskem (BVMF:BRKM5), após a Novonor (antiga Odebrecht) afirmar que recebeu propostas não vinculante sobre a compra do controle da petroquímica. Na sexta, as ações da Braskem saltaram 23%, influenciadas por ruídos de que a Adnoc, maior petroleira dos Emirados Árabes, estaria se juntando ao fundo americano Apollo para formalizar uma proposta pelo controle da maior petroquímica da América Latina.

Às 11h08, o Ibovespa subia 0,85%, aos 106.059,90 pontos, depois de abertura aos 105.161,13 pontos (alta de 0,01%) e máxima aos 106.449,24 pontos, quando subiu 1,24%. Petrobras avançava em torno de 1%, enquanto Vale (BVMF:VALE3) tinha elevação de 2,30%. Itaú PN (BVMF:ITUB4) subia 0,35%. O banco informou lucro líquido gerencial de R$ 8,435 bilhões no primeiro trimestre de 2023, 14,6% superior ao observado no mesmo intervalo de 2022 e em linha com a estimativa do Prévias Broadcast.

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