PARIS (Reuters) - Esforços de Alstom (PA:ALSO) e Siemens (DE:SIEGn) para criar uma gigante europeia de equipamentos ferroviários podem descarrilar apesar das mais recentes concessões oferecidas pelas empresas para obterem aprovação para o negócio.
A fusão pode criar a segunda maior companhia de equipamentos ferroviários, com receita combinada de cerca de 15 bilhões de euros, mas o negócio tem enfrentado oposição desde que foi anunciado em setembro de 2017.
Em comunicado nesta segunda-feira, a francesa Alstom confirmou que concessões de última hora foram oferecidas, mas emitiu um alerta de cautela: "Não há, no entanto, certeza de que o conteúdo desta proposta será suficiente para aliviar as preocupações da Comissão Europeia."
Fontes próximas do assunto afirmaram na semana passada que o órgão de defesa da competição da Europa iria bloquear o negócio e uma decisão poderia ser tomada em 6 de fevereiro, antes do prazo de 18 de fevereiro.
Para tentar obter aval das autoridades, a dupla está preparada para compartilhar tecnologia de trem de alta velocidade da Siemens por 10 anos, em vez de cinco, na Europa, disse uma fonte próxima do assunto na semana passada.
A comissária de Competição na UE, Margrethe Vestager, afirmou à Reuters no domingo que sua equipe estava avaliando mudanças de último minuto encaminhadas pelas duas companhias na sexta-feira.