Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os conselheiros independentes do Banco do Brasil (SA:BBAS3) manifestaram, mais uma vez, críticas à indicação de Fausto Ribeiro, atual presidente do BB Consórcios, para a presidência do banco estatal.
Segundo ata de reunião realizada nesta quarta-feira (31), Hélio Lima Magalhães, presidente do conselho, e os conselheiros José Guimarães Monforte, Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Roberto Evangelista de Lima afirmaram que a indicação atropela o processo de seleção de candidatos histórico do BB.
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No documento, eles escrevem que “não se constrói uma história secular como a desta casa sem uma governança sólida e muito menos sem a liderança de profissionais experientes, capazes, inovadores, dinâmicos, inspiradores, corajosos e estratégicos” e que “por essa razão, a meritocracia é um valor intrínseco a esta organização, refletida em documentos estratégicos como a Política de Indicação e Sucessão”.
Eles apontam que o indicado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, “sem qualquer demérito ao profissional e à sua carreira de 33 anos no BB”, não teria percorrido ainda todas as etapas de funções gerenciais, “o que não significa dizer que, ao vir a fazê-lo, não poderia se colocar em nível de prontidão para assunção de novos desafios futuros”.
Segundo os conselheiros, há ferramentas para tal caminho, a exemplo do Programa Dirigentes, criado a partir de metodologia da consultoria global Korn Ferry, e que tem por objeto a identificação do nível de prontidão e preparação dos talentos da organização para o adequado planejamento sucessório para a alta liderança do Banco do Brasil.