SÃO PAULO (Reuters) - A elétrica paranaense Copel (SA:CPLE6) pode levantar entre 1,6 bilhão e 1,8 bilhão de reais com a venda de seus negócios de telecomunicações, afirmaram analistas do banco BTG Pactual (SA:BPAC11) em relatório nesta quarta-feira, atribuindo a informação à administração da empresa.
Executivos da Copel já afirmaram que a companhia pretende se desfazer, se possível ainda em 2019, de ativos de telecom e de gás natural.
A Copel divulgou na noite de terça-feira resultado financeiro do primeiro trimestre, no qual teve lucro líquido de 506 milhões de reais, alta de 42,2 por cento na comparação anual.
No relatório, os analistas do BTG descreveram os resultados como "impressionantes", destacando o desempenho da área de distribuição da companhia.
O balanço da companhia também foi visto como forte pelo UBS, que afirmou em relatório na noite de terça-feira esperar uma "reação muito positiva" do mercado e reiterou recomendação de compra dos papéis da companhia.
As ações preferenciais da Copel operavam em alta de quase 7 por cento por volta das 11:54.
ATIVOS DA ELETROBRAS
O presidente da Copel, Daniel Slaviero, afirmou em teleconferência com investidores nesta quarta-feira que a empresa estará atenta a oportunidades de investimento que possam surgir em meio a uma nova rodada de vendas de ativos pela estatal Eletrobras (SA:ELET3).
A Eletrobras afirmou na véspera que pretende realizar no segundo semestre a venda de até 45 participações em sociedades de propósito específico (SPEs), a maior parte delas envolvendo ativos de geração eólica.
A Copel, controlada pelo governo do Paraná, também vai analisar leilões do governo federal para novos projetos de geração e de transmissão, agendados para junho e dezembro, respectivamente.
"A diretoria de Novos Negócios está olhando novas oportunidades-- seja o leilão de junho, o de dezembro, seja essa disposição da Eletrobras de colocar 45 SPEs para o mercado", afirmou Slaviero.
"No passado, adquirimos algumas linhas de transmissão da Eletrobras que foram bastante interessantes e vantajosas para nós... vamos olhar atentamente essas oportunidades."
(Por Luciano Costa)