O lucro líquido da CSN Mineração (SA:CMIN3) chegou a R$ 704 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 47,6% ante o mesmo período de 2020. Em relação ao terceiro trimestre, a perda foi de 12,5%. Em todo o ano de 2021, o lucro líquido foi de R$ 6,371, bilhões, aumento de 58,1% na comparação com os R$ 4,031 bilhões registrados no ano anterior.
De acordo com a companhia, a queda do lucro líquido em relação ao trimestre anterior foi consequência da piora operacional verificada no período. já o lucro líquido de 2021 atingiu recorde histórico "o que atesta o excelente momento vivido pela companhia, combinando excelência operacional, custos competitivos e um momento favorável de preços no mercado internacional".
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ R$ 850 milhões entre outubro e dezembro, queda de 73,2% ante o mesmo período do ano anterior. Na comparação com o terceiro trimestre, a queda foi de 6,7%. No acumulado do ano, o Ebitda ajustado chegou a R$ 10,381 bilhões, alta de 27,5% em relação a 2020.
No relatório, a companhia explica que o resultado recorde da mineração, com Ebitda Ajustado de R$ 10,4 bilhões, foi impulsionado pelo forte resultado verificado no primeiro semestre do ano. Por outro lado, o desempenho no quarto trimestre de 2021 foi impactado pelo forte volume de chuvas e pelas paradas programadas realizadas em novembro. Mesmo com esses efeitos, o total de produção mais compra de terceiros ficou dentro do guidance divulgado pela CSN (SA:CSNA3) e foi 18% superior ao de 2020.
A receita líquida de vendas ficou em R$ 2,650 bilhões no quarto trimestre, ante R$ 4,852 bilhões no mesmo período de 2020. No ano, a receita líquida de vendas foi de R$ 19,039 bilhões, contra R$ 13,789 bilhões em 2020.
A companhia encerrou o ano com caixa líquido de R$ 6 bilhões, "um patamar sólido para viabilizar seus projetos de crescimento e fazer frente aos seus compromissos financeiros", informa.
Volatilidade
Na CSN Mineração, o ano de 2021 foi marcado por elevada volatilidade em relação ao preço do minério de ferro e do frete marítimo, diz a empresa no relatório de resultados.
Depois de um primeiro semestre com recordes históricos de preço do minério de ferro em resposta à demanda aquecida e à limitada oferta no mercado transoceânico, a companhia diz que teve uma segunda metade do ano com fortes ajustes devido às preocupações e incertezas em relação ao mercado siderúrgico chinês, especialmente no que diz respeito ao maior controle de produção de aço associado à emissão de carbono, pressões inflacionárias, crise energética e imobiliária, além de questões relacionadas à covid-19 e seus impactos nos portos.
"Após cair mais de 61%, o preço do minério voltou a subir no final do ano, com novas rodadas de estímulos por parte do governo chinês e tem se mantido em patamar elevado no início de 2022 à medida em que as autoridades chinesas tentam chegar a um equilíbrio entre estímulos ao crescimento econômico sem trazer maiores pressões inflacionárias".
Produção
A produção de minério de ferro somou 6,9 milhões de toneladas no quarto trimestre de 2021, o que representa uma queda de 33% em relação ao terceiro trimestre, como consequência das paradas programadas para manutenções realizadas em novembro, além de um menor volume de compras de minério de terceiros e das fortes chuvas que ocorreram especialmente nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro no mês de outubro.
O ano de 2021, contudo, foi marcado por um aumento de 18% no volume produzido. Adicionalmente, a companhia diz que o total de produção mais compra de terceiros ficou dentro do guidance esperado.