SÃO PAULO (Reuters) - A CSN (BVMF:CSNA3) teve prejuízo líquido de 222,6 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo resultado positivo de um ano antes, pressionada em parte por aumento de despesas financeiras e tributárias, apesar de um desempenho de suas operações acima do esperado pelo mercado.
A companhia apurou um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado 17% e 35% maiores que o desempenho do segundo trimestre de 2023 e dos três primeiros meses deste ano, a 2,65 bilhões de reais.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de 2,48 bilhões de reais, segundo dados apurados pela LSEG.
A receita líquida cresceu 12% na comparação trimestral, mas recuou 1% ante o segundo trimestre do ano passado, a 10,9 bilhões de reais, dentro do esperado por analistas, segundo a média de previsões apurada pela LSEG.
O grupo que atua em aço, mineração, cimento, energia e logística vendeu 7% mais aço no segundo trimestre que um ano antes, mas as vendas de minério de ferro, que compôs 60% do Ebitda da empresa no período, caíram 4%, segundo o balanço.
No segundo trimestre, a área de cimento da CSN, que cresceu nos últimos anos por meio de uma agressiva campanha de aquisições, foi responsável por 13% do Ebitda da companhia ante participação de 9,9% um ano antes. Enquanto isso, a área de siderurgia viu sua participação no resultado do grupo encolher de 24,4% para 12,3%.
A CSN terminou junho com um índice de endividamento de 3,36 vezes, acima das 3,13 vezes de março e das 2,78 vezes do final do primeiro semestre de 2023.
A companhia, que tem negociado a compra dos ativos de cimento da rival Intercement, elevou em maio a meta de alavancagem até o final deste ano para 2,50 vezes acima da previsão anterior de menos de 2 vezes.
(Por Alberto Alerigi Jr.)