Investing.com - No começo da sessão desta quarta-feira, as ações da Cyrela (SA:CYRE3) operam com leve queda de 1,00% a R$ 12,91. A companhia divulgou na noite de ontem a prévia operacional do terceiro trimestre com crescimento de 72,7% nos lançamentos na base anual, para um total de R$ 918 milhões.
Na visão da Mirae Asset, os dados são positivos, mas a corretora lembra que ainda são em cima de uma base fraca. Os analistas se mostram com esse setor para os próximos anos e acreditam que as ações da CYRE3 reajam positivamente com estes dados. A recomendação é de Compra, com upside de 19%.
Para Eduardo Guimarães, analista da Levante Ideias, o destaque positivo ficou por conta da retomada do volume de lançamentos, que totalizou R$ 711 milhões no trimestre e R$ 1,6 bilhões nos nove primeiros meses de 2018, um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2017.
O indicador de velocidade de vendas nos últimos 12 meses melhorou de 32,7 por cento no terceiro trimestre de 2017 para 39,4 por cento no mesmo período de 2018.
Para Guimarães, o momento começa a ficar mais positivo para as construtoras mais voltadas ao segmento de média e alta renda como a Cyrela, com a retomada do setor imobiliário, que tem ciclo bastante longo e sofreu bastante nos últimos anos.
“Acreditamos que pode haver um aumento no volume de lançamentos no quarto trimestre de 2018, que historicamente responde por 60 por cento do volume de lançamentos do ano” disse o analista em nota divulgada hoje.
Do total, 711 milhões de reais corresponderam a empreendimentos da própria Cyrela e os demais 207 milhões foram de parceiros. Ainda segundo a prévia operacional, a companhia lançou no trimestre encerrado em setembro 12 projetos, sendo 7 na cidade de São Paulo, 3 no Rio de Janeiro e 1 em Campinas.
Já as vendas líquidas contratadas cresceram 29,2 por cento no período, para 943 milhões de reais, dos quais 419 milhões correspondiam a imóveis para alta renda e 523 milhões eram de médio padrão e voltados ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
A participação da Cyrela nas vendas contratadas foi de 73 por cento no terceiro trimestre, ante 76 por cento um ano antes. Conforme a companhia, 17 por cento dos imóveis vendidos eram do estoque pronto, enquanto 35 por cento estavam em construção e 48 por cento eram lançamentos.
O indicador que mede a velocidade de vendas, conhecido como VSO, de 12 meses subiu para 39,4 por cento ao fim de setembro, ante 32,7 por cento um ano atrás.
Com Reuters.