O CEO da Deere, John May, afirmou que a fabricante de tratores está em uma posição sólida para enfrentar possíveis tarifas sob o governo de Donald Trump, já que a companhia exporta mais equipamentos agrícolas e de paisagismo dos Estados Unidos do que importa de outros países.
Trump prometeu impor amplas tarifas sobre itens importados para incentivar empresas a fabricar mais produtos nos EUA. A Deere atraiu a ira de Donald Trump durante a campanha eleitoral deste ano, após a empresa, com sede em Illinois, ter anunciado em junho que transferiria a produção de alguns modelos de pás carregadeiras pequenas e médias de Dubuque, Iowa, para uma fábrica no México.
Em 2022, a Deere decidiu transferir de Waterloo, Iowa, para o México a produção de cabines para tratores agrícolas grandes, para abrir espaço para a produção de um novo modelo de trator na fábrica de Waterloo.
Trump ameaçou aplicar uma tarifa de 200% sobre os equipamentos da Deere vindos do México caso fosse eleito presidente. May afirmou nesta quinta-feira que mais de 75% dos produtos que a empresa vende nos EUA são montados no país, em 60 fábricas com 30 mil funcionários espalhados por 16 Estados.
"Estamos muito bem posicionados", disse May, durante teleconferência para discutir os resultados da Deere durante o quarto trimestre fiscal. "Dependemos fortemente de nossos funcionários altamente qualificados nos EUA para projetar e fabricar os equipamentos tecnologicamente mais avançados do mundo."
A Deere registrou lucro líquido de US$ 1,245 bilhão, ou US$ 4,55 por ação, no quarto trimestre do ano fiscal 2024. O resultado representa baixa de 47% ante o registrado em igual período do ano anterior, de US$ 2,37 bilhões, ou US$ 8,26 por ação. A receita foi de US$ 11,143 bilhões, recuo de 28% em relação ao obtido em igual intervalo do ano anterior, de US$ 15,54 bilhões. Fonte: Dow Jones Newswires