Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Dell Technologies Inc. (NYSE:DELL) (SA:D1EL34) despencavam 8,51% às 13h43 (de Brasíla) desta sexta, cotadas a U$ 51,09, depois de a empresa citar condições difíceis no mercado devido à escassez de peças. O BDR da ação recuava 7,32%, a R$ 259,51.
Essa falta de disponibilidade de componentes levou a companhia a emitir uma previsão decepcionante de US$ 1,25 a US$ 1,50 em lucro ajustado por ação para o período que se encerra em abril, uma queda sequencial.
A empresa espera que a carteira de encomendas de PC cresça no trimestre em curso, à medida que chips e outros componentes críticos seguem escassos. A companhia despachou 17,2 milhões de PCs no quarto trimestre, um aumento de 9%.
A escassez de peças tem sido uma queixa recorrente entre os fabricantes de laptops, celulares e outros dispositivos há mais de um ano. Embora se esperasse que grandes players como a Dell já tivessem superado os desafios, não parece ser isso que está acontecendo.
"Esperamos que nosso backlog de ISG continue elevado pelo menos ao longo do primeiro semestre do ano, com a continuidade da escassez de peças", disse o vice-presidente e codiretor de operações Jeff Clarke numa teleconferência de resultados.
A vertical de Grupo de Soluções de Infraestrutura (Infrastructure Solutions Group, ou ISG) abriga os serviços de servidores, redes e armazenamento da empresa. A receita do negócio cresceu 3% no quarto trimestre, ultrapassando US$ 9 bilhões.
A Dell continua a enfrentar a disparada dos custos de commodities e logística com aumentos de preços. A crescente demanda por suas máquinas e aumentos de preços levaram sua receita anual para além de US$ 101 bilhões, um recorde histórico.
A receita do Grupo de Soluções ao Cliente, que abriga sua atividade de hardware, subiu 26%, superando US$ 17 bilhões, uma vez que a demanda veio de consumidores tanto corporativos como do varejo. A empresa disse que seu ramo de PCs conquistou participação de mercado em 32 dos últimos 36 trimestres.
A receita líquida do quarto trimestre aumentou 16%, para US$ 28 bilhões. O lucro ajustado subiu 2%, para US$ 1,4 bilhão.