SÃO PAULO (Reuters) - A ALE, quarta maior distribuidora de combustíveis do Brasil, concluiu esta semana emissão de 1 bilhão de reais em debêntures (não conversíveis em ações), visando uma reestruturação de dívida que permitirá que a companhia direcione recursos de caixa aos planos de crescimento e fortalecimento da rede revendedora.
A operação da Ale, controlada pela gigante de commodities Glencore (LON:GLEN), foi uma das maiores emissões de debêntures do ano no Brasil, sendo coordenada pelo Santander (SA:SANB11), participação do Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Bradesco (SA:BBDC4), disse a empresa em nota nesta quarta-feira.
Segundo o diretor financeiro da ALE, Marcos Nogueira Simões, o "sucesso" da operação se deve a uma conjunção de fatores, como a entrada do grupo internacional Glencore no quadro acionário da ALE em 2018 e o novo plano de negócios da companhia são alguns deles.
A Glencore comprou 78 por cento da Ale.
Neste ano, a ALE pretende alcançar um faturamento de 15 bilhões de reais, valor cerca de 20 por cento maior que o registrado em 2018.
Para atingir o objetivo, a companhia fará investimentos da ordem de 167 milhões de reais, que serão destinados a expansão, modernização e criação de valor para a Rede ALE.
Inicialmente, a meta estipulada para 2019 era conquistar 150 novos postos até o final do ano, mas esse número pode ser bem maior.
A empresa informou que investirá também em ativos de logística, que vão dar o suporte necessário a toda a Rede ALE e auxiliar na conversão de novas revendas para a bandeira.
As metas estipuladas para este ano incluem alcançar Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) superior a 200 milhões de reais e comercializar 4,2 bilhões de litros de combustíveis.
Outro fator para alcançar as metas estipuladas é a importação de combustíveis, que desponta como uma fonte necessária para atender à crescente demanda do mercado nacional. “Esse pode ser um importante diferencial competitivo para a ALE”, disse o presidente da ALE, Fulvius Tomelin, ressaltando expertise da Glencore.
(Por Roberto Samora)