Dólar a US$ 4,5 e Brasil será a nova Suíça; quem é Robin Brooks, o ‘Careca do Goldman’?

Publicado 06.09.2023, 15:32
Dólar a US$ 4,5 e Brasil será a nova Suíça; quem é Robin Brooks, o ‘Careca do Goldman’?

BlockTrends - Economistas brasileiros, e analistas financeiros tupiniquins, em geral sempre tendem a ser pessimistas em relação ao mercado brasileiro. Na realidade, muitos dizem que o Brasil sempre será “morno”, nem 8 e nem 80. Contudo, existe uma figura que acredita veementemente na economia do Brasil. O gringo chama-se Robin Brooks, e é apelidado de “Careca do Goldman”.

Brooks é o Diretor Administrativo e Economista-Chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIF) desde 2017. Em sua função, ele supervisiona a análise macroeconômica do IIF e faz parte da equipe de gestão sênior.

Entretanto, antes de sua posição atual, Brooks foi o Estrategista-Chefe de Câmbio (FX) no Goldman Sachs (NYSE:GS) em Nova York. Na época, era responsável pelas previsões de câmbio da empresa, e publicava pesquisas macroeconômicas internacionais.

Seu apelido é originado desse cargo. Brooks é careca, e, na época, funcionário do Goldman Sachs. Nesse sentido, a figura do “Careca do Goldman”, amante da economia brasileira, surge no mercado. Por fim, antes mesmo de se juntar ao Goldman Sachs, ele foi estrategista de FX na Brevan Howard.

Antes de entrar no setor privado, Brooks ainda passou oito anos como economista no Fundo Monetário Internacional (FMI), onde trabalhou nos modelos de valor justo do FMI para FX, publicou pesquisas acadêmicas e participou de missões em países com programas do FMI. Ademais, ele tem seu PhD em Economia pela Universidade de Yale em 1998 e um BSc em Economia Monetária pela London School of Economics em 1993.

‘Careca do Goldman’ ama o Brasil

Robin Brooks tem uma visão otimista em relação ao real brasileiro e é conhecido por sua postura firme em relação à moeda, mesmo nos piores momentos de sua desvalorização durante a pandemia.

Ele se tornou uma figura popular no Brasil, especialmente nas redes sociais, onde foi consagrado seu apelido de “careca do Goldman”. Embora ele não trabalhe no Goldman Sachs há cinco anos, o apelido permaneceu.

Além disso, o careca do Goldman viralizou entre os brasileiros. Isso porque, cada postagem otimista que ele faz sobre o real é imediatamente recebida com milhares de curtidas e dezenas de respostas do tipo “no careca, confiamos”. A frase, inclusive, se tornou uma espécie de marca registrada de seus seguidores.

Teses do ‘careca do Goldman’

Brooks defendeu em 2022 que o valor justo para o real brasileiro era de 4,5 por dólar americano. Ele manteve essa previsão por mais de dois anos, apesar das diversas mudanças na economia local e nos mercados globais.

Contudo, muitos críticos argumentam que sua previsão otimista teve a sorte de coincidir com dois fatores principais que impulsionaram os ganhos da moeda: uma série de aumentos agressivos da taxa de juros pelo banco central e um boom repentino na demanda global por exportações de commodities do Brasil.

Durante a pandemia, ele também mencionou que, após lançar sua previsão otimista, a pandemia atingiu o mundo e os investidores começaram a retirar dinheiro do Brasil a uma taxa alarmante. Essas saídas, junto com as críticas que ele viu os brasileiros direcionarem a seus líderes políticos no Twitter, o encorajaram.

Para ele, isso era um sinal de que a situação estava exagerada e que talvez houvesse um valor real e que o real brasileiro estivesse muito barato.

Já em 2023, o careca do Goldman voltou a viralizar no Twitter ao comparar o Brasil com a Suíça. Nesse sentido, para ele, o fato do Brasil estar apresentando resultados superavitários consistentes em sua balança comercial desde a década 2000 é uma métrica de que o país será a “nova Suíça”.

“Isso concederá ao Brasil uma estabilidade externa e uma moeda forte, diferentemente do resto da América Latina”, escreve.

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Por BlockTrends

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