Investing.com - O mercado apresentou divergências em Wall Street nesta segunda-feira apesar de o Dow e o S&P atingirem novas altas recorde ao longo do pregão, com os investidores ignorando a queda nas ações da Lockheed Martininduzida por Trump e observando o rali de 3% dos preços do petróleo.
Às 14h15, no horário de Brasília, o Dow Jones avançou 41 pontos, ou 0,21%; e o S&P 500 não apresentou variação, enquanto que o Nasdaq Composite que reúne as gigantes da tecnologia, decresceu 26 pontos, ou 0,47%.
Apesar de o S&P apontar para uma abertura estável nesta segunda-feira, o índice, que é referência, atingiu uma nova alta recorde ao longo do pregão de 2.264,85 pontos, acompanhado pelo Dow que também atingiu sua máxima recorde de todos os tempos de 19.824,59 pontos.
Com os ganhos desta segunda-feira, o índice das principais empresas do mercado também apontava para uma alta recorde que seria a 15ª desde as eleições de novembro. O Dow só fechou 4 dias em baixa desde que Donald Trump ganhou as eleições americanas.
Pelo lado negativo, Trump causou um tumulto nas ações da Lockheed Martin (NYSE:LMT) após publicar no twitter que os custos do seu programa F-35 estavam “fora de controle” e prometer "economizar bilhões de dólares em aquisições militares (entre outras) após 20 de janeiro", quando ele assumir o cargo oficialmente. As ações caíram 4%.
Por outro lado, em um dia de notícias calmo, sem nenhum relatório econômico importante, os participantes do mercado esperavam o grande evento da semana:
na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed) divulgará sua última decisão sobre as taxas de juros, junto com as projeções econômicas atualizadas e realizará uma entrevista coletiva com sua presidente, Janet Yellen.
De acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed da Investing.com, os mercados acreditam plenamente em uma elevação de 25 pontos-base, para um valor entre 0,5% e 0,75%, no que seria o primeiro aumento deste ano e somente o segundo desde a crise financeira de 2007–2009.
Com o endurecimento da política nesta quarta-feira considerado praticamente certo, os fundos federais futuros do Fed apostam em um novo aumento em junho de 2017, com probabilidade estimada em 64,5%.
Investidores certamente estarão de olho na publicação do gráfico de pontos que esboça, anonimamente, projeções individuais do Fed para o futuro das taxas de juros.
Enquanto isso, todas as atenções se voltaram para o aumento dos preços do petróleo após a Opep e outros produtores fecharem um acordo para, em conjunto, realizarem cortes na produção pela primeira vez desde 2001.
Produtores não membros da Opep concordaram em cortar a produção na quantia de 558.000 barris por dia (bpd), seguindo o acordo do grupo para reduzir a produção em 1,2 milhão de bpd.
O petróleo bruto americano futuro apresentou alta de 3,51%, sendo negociado a US$ 53,31, às 13h19, no horário de Brasília, enquanto que o barril de petróleo Brent operou em alta de 3,48%, atingindo US$ 56,22.