Investing.com - O mercado de futuros americano aponta para uma abertura levemente mais baixa na manhã desta quarta-feira, com os investidores ainda monitorando os movimentos do dólar e do mercado de títulos da dívida.
O Dow futuro das principais empresas listadas caia 33 pontos, ou 0,17%, às 9h55; o S&P 500 futuro recuava 5 pontos, ou 0,22%, enquanto que o Nasdaq 100 futuro, composto pelas maiores empresas de tecnologia da bolsa, registrava queda de 12 pontos, ou 0,24%.
Wall Street fechou em alta na terça-feira, com o Dow registrando seu sétimo pregão de alta em sequência e o quarto fechamento recorde seguido, com o foco do mercado voltado diretamente para as políticas do presidente eleito, Donald Trump.
O republicano afirmou que planeja investir em infraestrutura e reduzir impostos para estimular a economia e impulsionar a inflação, o que, em última instância, levaria a uma era de maiores taxas de juros.
No momento, os investidores estão considerando uma chance de 90,6% de aumento da taxa na reunião dos dias 13 e 14 de dezembro do Fed, de acordo com o Monitor das taxas de juros da Investing.com.
O otimismo com o panorama econômico dos EUA e as expectativas de elevação das taxas de juros continuaram dando força à moeda americana.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada das seis principais moedas do mercado, apresentou alta de 0,27%, a 100,47, na manhã desta quarta-feira, após atingir 100,50, o nível mais alto desde dezembro de 2015.
Se o índice superar as altas de 100,51 vistas em dezembro de 2015, atingiria sua máxima desde abril de 2003.
Frente ao iene, o dólar registrou alta de 0,45%, a uma máxima de mais de 5 meses de 109,67, enquanto que frente ao euro, recuou 0,2%, atingindo a mínima de oito meses, a 1,07.
A alta do dólar se deu alinhada à valorização dos rendimentos da renda fixa americana, já que os mercados continuam acreditando que Trump dará início às políticas inflacionárias.
O rendimento do tesouro de 10 anos, operou perto da alta de 2,28% do dia, em direção a uma máxima de 10 meses de 2,302% atingida no início da semana.
Os players do mercado aguardam os dados econômicos dos EUA no fim da sessão para buscar mais indícios de fortalecimento da economia. A divulgação dos dados do IPP está programada para as 11h30, horário de Brasília, os de produção industrial, para as 12h15 e os da confiança das construtoras da NAHB para as 13h00.
Haverá também alguns pronunciamentos do Fed nesta quarta-feira, antes do depoimento da presidente do banco, Janet Yellen, no congresso, na quinta-feira.
O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, e o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, foram escalados para fazer comentários ao longo do dia.
Dentre as empresas que mais oscilaram no pré-mercado, a Lowe's (NYSE:LOW), varejista de aparelhos domésticos, experimentou queda de mais de 5% em suas ações, depois de divulgar receita e resultados trimestrais incongruentes com as expectativas dos analistas antes da abertura do pregão desta quarta-feira.
No lado positivo, as ações da Target (NYSE:TGT) saltaram quase 7% depois que a empresa liderou as estimativas de venda e resultados de Wall Street, graças ao aumento nas tendências de venda e do comercial.
Na Europa, as ações dos mercados do continente e do Reino Unido, no geral, registraram queda em um pregão agitado, com os mercados se estabilizando após o recente rali pós-eleições americanas. Mais cedo, as ações da Ásia fecharam de forma diversa.
Enquanto isso, o petróleo futuro compensou parte do saldo de quase 6% da sessão anterior, enquanto os players do mercado aguardavam novidades semanais sobre os estoques de produtos brutos e refinados.
A Administração de Informações Energéticas dos EUA divulgará seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo às 13h30 de hoje, em meio às expectativas dos analistas de um aumento de 1.480 milhões de barris.