MILÃO (Reuters) - A elétrica italiana Enel (MI:ENEI) manteve suas projeções de lucros nesta terça-feira, após resultados acima das estimativas nos primeiros nove meses do ano, mas elevou a meta para dívida no ano, em parte devido a recentes aquisições e variações cambiais.
A Enel, uma das mais endividadas empresas de serviços públicos da Europa, disse que agora espera uma dívida líquida neste ano entre 41 bilhões e 42 bilhões de euros (46 bilhões a 48 bilhões de dólares), ou entre 1 bilhão e 2 bilhões de euros acima da previsão anterior.
Em junho, a companhia aceitou pagar quase 1,5 bilhão de dólares para comprar uma fatia majoritária na distribuidora de energia brasileira Eletropaulo (SA:ELPL3) e também disse que poderia investir mais 2,3 bilhões de dólares na aquisição de uma empresa de fibra ótica na América Latina.
No ano passado, a Enel ainda comprou a distribuidora de energia Celg-D junto à brasileira Eletrobras (SA:ELET3) por cerca de 640 milhões de dólares.
Mas o grupo, uma das maiores empresas de energia verde listadas no mundo, disse que espera um fluxo de caixa maior neste ano e confirmou uma previsão de lucros operacionais de 16,2 bilhões de euros.
Os lucros regulares antes de impostos, depreciação e amortização nos primeiros nove meses subiram 6,2 por cento, para 12 bilhões de euros, impulsionados pelos negócios de energia limpa e melhores margens no Brasil após a aquisição da Eletropaulo.
"As renováveis foram novamente a base para a performance positiva do grupo, enquanto a diversificação geográfica foi importante para lidar com a tendência negativa em algumas moedas", afirmou o presidente da companhia, Francesco Starace.
(Por Stephen Jewkes)