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Eletrobras e Prumo assinam acordo para produção de hidrogênio verde no Porto do Açu

Publicado 05.06.2024, 18:21
Atualizado 05.06.2024, 18:25
© Reuters. Edifício da Eletrobras no Rio de Janeiron3/1/2019 REUTERS/Pilar Olivares/Arquivo
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - A Eletrobras (BVMF:ELET3) e a Prumo (BVMF:PRML3) assinaram nesta quarta-feira um memorando de entendimentos para produção de hidrogênio verde e derivados no Porto de Açu (RJ), em iniciativa que deve envolver a instalação de uma planta-piloto e estudos para projetos de maior escala, disseram as empresas à Reuters.

O acordo visa o fornecimento de energia hidrelétrica competitiva da Eletrobras a projetos de hidrogênio de baixo carbono para indústrias ligadas à transição energética que buscam se instalar no porto do norte fluminense, operado pela Prumo, controlada por EIG e Mubadala,.

A parceria reúne vantagens competitivas de ambos os lados. A Eletrobras traz energia estável, enquanto a Açu conta com infraestrutura já com licença ambiental e conexão com a rede elétrica. Isso diminui os custos de produção do combustível renovável, tornando-o viável em seu desenvolvimento inicial no Brasil, segundo as companhias.

Entre as indústrias que se movimentam para se instalar no Açu, estão a Vale (BVMF:VALE3), que estuda a construção de um complexo industrial para fabricação de produtos de minério de ferro de baixo carbono, e a Toyo Setal, com uma planta de fertilizantes nitrogenados.

A ideia de Eletrobras e da Prumo é começar com a avaliação de uma planta-piloto, de até 10 megawatts (MW) de capacidade, com uso de recursos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), aproveitando a experiência da Eletrobras em projeto semelhante já operacional na usina hidrelétrica de Itumbiara (MG/GO).

Ítalo Freitas, vice-presidente de comercialização da Eletrobras, destaca que o principal "trunfo" da companhia é o portfólio de 47 hidrelétricas, que somam grande parte de seu parque gerador de 44,6 gigawatts (GW), podendo entregar energia "flat" para a produção do combustível, isto é, sem as variações e intermitências da geração eólica e solar.

"A Eletrobras está começando a atuar forte na economia do hidrogênio... Queremos desenvolver a demanda, ajudar os clientes a viabilizar a produção de hidrogênio competitivo", disse.

A maior companhia de energia da América Latina tem avançado com vários acordos na área desde o início do ano. No mês passado, fechou com a Green Energy Park uma parceria para fornecer energia a futuro projeto de hidrogênio no Piauí. Também iniciou estudos com a Paul Wurth para produção do insumo com foco na indústria siderúrgica.

Segundo Freitas, eventual investimento da companhia em projetos do combustível renovável será avaliado "caso a caso".

"Não nos colocamos ainda como investidores na planta de hidrogênio, mas chegar com a energia para essa produção de hidrogênio, isso é certo."

HUB DE SOLUÇÕES

Para o Porto do Açu, o novo acordo, assinado nesta quarta-feira na H2 Hydrogen Expo 2024, vem em linha com os planos de se posicionar como um hub de soluções para transição energética.

A estratégia do porto é reunir no mesmo espaço a produção de energia e combustíveis renováveis e o consumo industrial dessas soluções, ajudando a viabilizar projetos de descarbonização ao reduzir custos de transporte, armazenamento e outros.

Mauro Andrade, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Prumo, ressalta que há diversas rotas para estimular a demanda pelo hidrogênio verde, como projetos em desenvolvimento no porto para produção de e-metanol e combustível sustentável de aviação (SAF), fertilizantes verdes, e outros.

Segundo o executivo, o Açu tem condições de "sair na frente" com essa indústria por já ter pronta uma infraestrutura elétrica robusta de conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) por causa de Gás Natural Açu (GNA), maior complexo termelétrico a gás da América Latina instalado na área portuária.

© Reuters. Edifício da Eletrobras no Rio de Janeiro
3/1/2019 REUTERS/Pilar Olivares/Arquivo

"Ter essa infraestrutura de poder trazer energia para dentro do porto, sem precisar fazer reforço em subestação ou em linhas de transmissão, é uma vantagem que diminui muito o Capex (investimento) do projeto."

Além de receber energia do "grid", a expectativa é de que as plantas de hidrogênio também possam ser alimentadas com novas usinas renováveis na região, como solares e futuros parques eólicos offshore na costa.

O Açu também tem trabalhado em outros "habilitadores" para os projetos, afirma Andrade, citando a recente emissão de licença ambiental para projetos de hidrogênio renovável, amônia e e-combustíveis em uma área de 1 milhão de metros quadrados no porto.

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