SÃO PAULO (Reuters) - A Eletrobras (SA:ELET3) aprovou um novo Plano Diretor de Negócios e Gestão para entre 2018 e 2022 que prevê investimentos totais de 19,75 bilhões de reais no período, uma queda de quase 45 por cento ante os 35,8 bilhões de reais do planejamento para 2017-2021.
O documento foi aprovado pelo Conselho de Administração da elétrica, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, contemplando aportes em geração, transmissão, distribuição e infraestrutura.
A estatal ainda lista em seu plano iniciativas para reduzir custos com pessoal em cerca de 959 milhões de reais, por meio de plano de incentivo ao desligamento e redução de despesas gerenciáveis, como horas extras.
O governo anunciou em agosto planos para privatizar a Eletrobras, mas a estatal ressaltou em seu plano que "a efetivação da operação... depende de autorizações governamentais, legislativas e regulatórias, assim como avaliação e confirmação do modelo a ser adotado".
A companhia disse, sem detalhar, que espera que o modelo adotado na desestatização aumente a receita da empresa, em decorrência de mudança no chamado regime de "cotas" para comercialização da energia de suas usinas que prorrogaram concessão, bem como gere "possibilidade de novos investimentos devido ao aumento da receita e capital do novo sócio".
A Eletrobras disse que espera também, com a privatização, "aumento no volume de investimento para recuperação do rio São Francisco".
O plano de negócios da Eletrobras ainda manteve a projeção de que a companhia deverá vender todas suas seis subsidiárias de distribuição de eletricidade "até 31 de julho de 2018", bem como a previsão de venda de fatias minoritárias em ativos de geração e transmissão que totalizam cerca de 4,6 bilhões de reais em valor contábil.
(Por Luciano Costa e Gabriela Mello)