O lucro líquido da Enauta (ENAT3) no quarto trimestre de 2019 caiu 18,5% e atingiu R$ 102,1 milhões, de acordo com os dados divulgados pela empresa ontem (11). O valor registrado no mesmo período de 2018 foi de R$ 125,3 milhões.
Na análise dos 12 meses do ano, o lucro retraiu 49,3% e chegou a R$ 215,5 milhões.
A receita líquida da companhia totalizou R$ 404,4 milhões no trimestre, representando um crescimento de 35,4% em relação aos R$ 298,7 dos últimos três meses de 2018. No acumulado, o montante somou R$ 1,1 bilhão, alta de 39,4%.
O Ebitdax, indicador próprio para empresas de exploração de óleo, subiu R$ 62,2% entre outubro e dezembro, alcançando R$ 259,1 milhões. No ano completo de 2019, houve avanço de R$ 16,7%, de R$ 574,8 milhões para R$ 670,7 milhões.
A margem Ebitdax encerrou em 64,1% no trimestre e 60,3% no ano.
A produção total da companhia atingiu 2,5 milhões de barris de óleo equivalente (boe) na base trimestral, crescendo 35% comparado com o fim de 2018. Na análise do acumulado, a quantidade produzida subiu 10%, totalizando 7,2 milhões de boe.
Além do desempenho financeiro, a Enauta divulgou a proposta de distribuição de R$ 300 milhões em dividendos para o exercício de 2019. O montante inclui o dividendo mínimo estipulado no estatuto social da companhia, e está sujeito à aprovação da assembleia em 16 de abril de 2020.
Sobre a atual situação da companhia, a Enauta disse que compreende que o cenário traz uma volatilidade maior para seus negócios, especialmente no curto prazo.
“Olhando para o médio e longo prazos, tendo em vista as últimos licitações e o reposicionamento do governo com relação às condicionantes econômicas e contratuais das licitações, a empresa poderá rever suas perspectivas com relação a uma possível entrada no pré-sal, visando melhores condições e/ou a realização de aquisições oportunísticas”, completou.