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Engie avaliará grande lote de transmissão em 2023, busca negócios em renováveis

Publicado 07.12.2022, 11:20
Atualizado 07.12.2022, 13:40
© Reuters. Linha de transmissão de energia
27/07/2022
REUTERS/Wolfgang Rattay
EGIE3
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - Buscando crescer nos setores de geração e transmissão de energia, a Engie (BVMF:EGIE3) Brasil pretende estudar grandes linhas de transmissão que devem ir a leilão em 2023 --inclusive um projeto de 18 bilhões de reais em investimentos--, ao mesmo tempo em que busca novos negócios em energias renováveis, tanto via aquisições quanto empreendimentos próprios.

Em reunião com investidores nesta quarta-feira, executivos da Engie destacaram que, mesmo atenta a oportunidades de crescimento, a empresa também monitora riscos ligados a fornecedores, principalmente no mercado eólico, já que alguns fabricantes de aerogeradores vêm enfrentando dificuldades na entrega de equipamentos.

Em transmissão de energia, a Engie planeja estudar os lotes que irão a leilão em 2023, até mesmo um empreendimento que exigirá 18 bilhões de reais em investimentos, indicou Guilherme Ferrari, diretor de Novos Negócios.

"Acho que nenhum player consegue encampar sozinho esse tipo de investimento... Você vai ter que montar tanto parcerias técnicas, quanto de capacidade de investimento. A ideia inicial é olhar esse lote... Certamente vai ser um lote de atenção não só da Engie, como de outros players do setor".

Os leilões de transmissão do ano que vem devem oferecer ao mercado grandes projetos, principalmente para escoamento da energia gerada no Nordeste para os centros de carga do Sudeste. A expectativa é de que, combinados, os lotes somem mais de 50 bilhões de reais em investimentos.

Apesar das perspectivas positivas para o setor de transmissão nos próximos anos, os executivos da Engie Brasil disseram ver com preocupação o elevado volume de projetos que devem ser leiloados de uma vez, já que essa concentração tende a aumentar riscos associados à implantação, como a qualidade da mão de obra e a entrega de equipamentos.

Já no setor de geração, a Engie Brasil continua monitorando oportunidades em energias renováveis, como potenciais aquisições e o desenvolvimento de novos projetos "greenfield" (do zero).

Ferrari disse que, apesar do cenário de sobreoferta do mercado de energia no médio prazo, a companhia detém uma carteira de projetos "robusta" para desenvolvimento.

DIVIDENDOS

Mesmo com o maior nível de investimentos previsto para os próximos anos, a companhia pretende manter a distribuição de dividendos em 100% do "payout", disse o CEO, Eduardo Sattamini.

"Cabe dentro do nosso balanço, estamos com 2 vezes dívida líquida sobre Ebitda, bastante confortável", afirmou o executivo, acrescentando pode haver uma redução temporária nos dividendos em momentos de maior execução de Capex, mas nada permanente.

ABERTURA DE MERCADO

A Engie Brasil também se vê preparada para capturar novos clientes que devem migrar para o mercado livre de energia a partir de 2024, após ter lançado uma plataforma digital e produtos específicos para atender consumidores de pequeno porte, conhecidos como "varejistas" no setor elétrico.

Diretores afirmaram que têm trabalhado para valorar adequadamente os preços de venda de energia no "varejo elétrico", já que esse segmento opera sob uma lógica diferente dos grandes clientes que as elétricas estão acostumadas a atender.

Gabriel Mann, diretor de Comercialização, disse que o lançamento de uma plataforma digital para facilitar a migração dos pequenos clientes ao mercado livre foi crucial, uma vez que ela reduziu os custos de transação envolvendo esses clientes.

Ele destacou ainda que a companhia tem um programa de parceiros que ajuda na captura desses pequenos clientes, que estão espalhados por todo o país. "Isso me ajuda a manter adequado custo de transação e me dá a capilaridade no Brasil inteiro", explicou.

Os esforços realizados para acessar o mercado de varejo elétrico elevam os custos da companhia, o que acaba sendo embutido nos preços de venda, a fim de garantir uma margem adequada nessas operações, acrescentou Mann.

Em relação a riscos de inadimplência, Sattamini disse que o índice tem sido "muito baixo, quase zero". Segundo ele, em alguns casos ocorre atraso no pagamento das contas, mas os consumidores acabam quitando as pendências antes de cair em inadimplência.

© Reuters. Linha de transmissão de energia
27/07/2022
REUTERS/Wolfgang Rattay

NOVOS INVESTIMENTOS DA TAG

Durante a reunião da Engie Brasil, a transportadora de gás TAG anunciou que pretende investir 3,3 bilhões de reais entre 2023 e 2027, sendo metade desse valor para projetos de expansão do mercado, como novos gasodutos.

(Por Letícia Fucuchima)

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