A Engie Brasil Energia (BVMF:EGIE3) reportou lucro líquido de R$ 666 milhões no terceiro trimestre deste ano, redução de 28,2% em comparação com o observado em igual período de 2023.
O resultado reflete a venda parcial de participação na Transportadora de Gás Associado (TAG) e aumento de custos com material e serviços de terceiros, atenuados pela redução de custos com compra de energia elétrica para o portfólio e resultado positivo nas operações no mercado de curto prazo.
No período, a empresa viu ainda o efeito dos cortes de geração por restrições sistêmicas, o curtailment, que no trimestre ficou em média em 14% nas usinas da companhia.
O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) totalizou R$ 1,7 bilhão, queda de 5,8%.
A receita líquida da companhia no período foi de R$ 2,5 bilhões, elevação 0,9%, na mesma base de comparação.
Ao final de setembro, a dívida líquida da companhia totalizou R$ 19,1 bilhões, montante 24,8% maior do que o observado no mesmo intervalo de 2023. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 2,7 vezes, alta de 0,6 ponto porcentual (p.p.) em comparação com igual período do ano passado.
Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie, Eduardo Takamori, o aumento na dívida é decorrente do volume maior de investimentos feitos pela companhia no período. Somente no trimestre os aportes somaram R$ 1,9 bilhão, e no acumulado do ano totalizam R$ 7,5 bilhões. "Buscamos alavancar aproveitando balanço robusto e momento de mercado", afirmou.